Idealizado pelo Sesc São Paulo, no âmbito do Bicentenário da Independência do Brasil em 1822, “Uma Leitura dos Búzios” traz como proposta a discussão e contextualização a respeito desse movimento popular baiano
Além disso, confronta-o com o Brasil contemporâneo, por meio de temas como a independência, a democracia e as sementes e frutos da política e economia colonialista, bem como o legado delas na formação das desigualdades sociais, especialmente sobre o racismo e a manipulação da história.
“Convocados pelos ecos da história, optamos em conceber um espetáculo teatral que envolvesse e revelasse o racismo, a diversidade, outras independências. Que trouxesse o sabido e, também, o silenciado. Para tal, convidamos um trio: o diretor Marcio Meirelles, a diretora de movimentos Cristina Castro e o diretor musical João Millet Meireles. A eles se juntaram profissionais diversos, vindos por chamamentos públicos e por convites, sempre acompanhados de nossas equipes, também diversas”, comenta Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo.
O levante iniciou com apoio das elites locais, insatisfeitas com o tratamento que a Coroa lhes dispensava. Elas viam no rompimento do pacto colonial uma possibilidade de aumentar os lucros, poder econômico e político. No entanto, essa parcela da população foi abandonando o movimento à medida que foi se popularizando e se radicalizando. Isso se deu pela participação de grupos, como os milicianos, artesãos e escravizados, que entraram com agendas e ideias como liberdade, igualdade e justiça, conferindo ao movimento contornos que poderiam pôr em xeque a manutenção de privilégios da elite.
A rebelião teve o envolvimento de nomes como o médico Cipriano Barata e o tenente Aguilar Pantoja, dentre outros que nunca foram devidamente investigados. Mas os principais representantes do movimento surgiram das camadas populares, especialmente da população negra. Destaca-se a atuação de: Lucas Dantas (soldado), Manuel Faustino (aprendiz de alfaiate), Luiz Gonzaga das Virgens (soldado), João de Deus (mestre alfaiate) e Luíz Pires (ourives), que foram presos, enforcados em praça pública e esquartejados – exceto o último, que escapou e nunca foi encontrado – como consequência da dura repressão do governo de então.
Uma releitura da chamada Conjuração Baiana, Revolta dos Alfaiates ou Revolta dos Búzios. A história vista a contrapelo neste espetáculo de teatro musical, no Bicentenário da Independência.
Direção: Marcio Meirelles.
Texto: Mônica Santana.
Direção musical: João Milet Meirelles.
Direção de Movimento: Cristina Castro.
Equipe artística: Gustavo Melo Cerqueira, Rafael Grilo, Adriana Hitomi, Grissel Piguillem.
Além disso, confronta-o com o Brasil contemporâneo, por meio de temas como a independência, a democracia e as sementes e frutos da política e economia colonialista, bem como o legado delas na formação das desigualdades sociais, especialmente sobre o racismo e a manipulação da história.
“Convocados pelos ecos da história, optamos em conceber um espetáculo teatral que envolvesse e revelasse o racismo, a diversidade, outras independências. Que trouxesse o sabido e, também, o silenciado. Para tal, convidamos um trio: o diretor Marcio Meirelles, a diretora de movimentos Cristina Castro e o diretor musical João Millet Meireles. A eles se juntaram profissionais diversos, vindos por chamamentos públicos e por convites, sempre acompanhados de nossas equipes, também diversas”, comenta Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo.
O levante iniciou com apoio das elites locais, insatisfeitas com o tratamento que a Coroa lhes dispensava. Elas viam no rompimento do pacto colonial uma possibilidade de aumentar os lucros, poder econômico e político. No entanto, essa parcela da população foi abandonando o movimento à medida que foi se popularizando e se radicalizando. Isso se deu pela participação de grupos, como os milicianos, artesãos e escravizados, que entraram com agendas e ideias como liberdade, igualdade e justiça, conferindo ao movimento contornos que poderiam pôr em xeque a manutenção de privilégios da elite.
A rebelião teve o envolvimento de nomes como o médico Cipriano Barata e o tenente Aguilar Pantoja, dentre outros que nunca foram devidamente investigados. Mas os principais representantes do movimento surgiram das camadas populares, especialmente da população negra. Destaca-se a atuação de: Lucas Dantas (soldado), Manuel Faustino (aprendiz de alfaiate), Luiz Gonzaga das Virgens (soldado), João de Deus (mestre alfaiate) e Luíz Pires (ourives), que foram presos, enforcados em praça pública e esquartejados – exceto o último, que escapou e nunca foi encontrado – como consequência da dura repressão do governo de então.
Uma releitura da chamada Conjuração Baiana, Revolta dos Alfaiates ou Revolta dos Búzios. A história vista a contrapelo neste espetáculo de teatro musical, no Bicentenário da Independência.
Direção: Marcio Meirelles.
Texto: Mônica Santana.
Direção musical: João Milet Meirelles.
Direção de Movimento: Cristina Castro.
Equipe artística: Gustavo Melo Cerqueira, Rafael Grilo, Adriana Hitomi, Grissel Piguillem.
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