Cannes fez muito mistério em torno da realização ou não da 73ª edição do maior festival de cinema do mundo. Depois de tentarem adiar a realização do evento por duas vezes, os organizadores enfim cederam ao cancelamento, mas ainda assim mantiveram o anúncio da Seleção Oficial, ainda que sem a entrega da Palma de Ouro. Este ano, entrar na lista já é um prêmio concedidos pela curadoria coordenada por Thierry Frémaux.
Os títulos poderão usar o selo de Cannes em sua divulgação e não serão impedidos de competirem em outros festivais, desde que estes os aceitem. As negociações quanto a isso ainda estão em andamento e envolvem, também, a realização de seções paralelas dos “filmes de Cannes” na programação dos festivais parceiros.
O júri oficial, presidido pelo cineasta Spike Lee, não participou da seleção. Na verdade, o júri completo sequer chegou a ser formado. Lee deverá ser mantido na presidência para a 74ª edição, em 2021.
Um brasileiro entre mais de 50 filmes

Cannes surpreendeu pela quantidade de filmes anunciados: 56, ao todo. A seleção é bastante eclética e foi dividida em “temas”, ao invés das tradicionais mostras paralelas, como a Un Certain Regard. Há um grupo de filmes de diretores que já competiram em edições anteriores (entre eles, Wes Anderson, Naomi Kawase, Steve McQueen – com dois filmes – e Thomas Vinterberg) e há outro para cineastas que estão “participando” do festival pela primeira vez. Estão lá também as animações (entre elas “Soul”, da Pixar) e os documentários.
O Brasil está representado na seção “Os Primeiros Longas”, com “Casa de Antiguidades”, do diretor João Paulo Miranda Maria. O filme conta a história de Cristovam (interpretado por Antônio Pitanga), um caipira que sai de sua terra em busca de melhores condições de trabalho, mas que enfrenta a solidão e o preconceito devido ao contraste cultural e étnico. Em recente entrevista, João Paulo disse que “Casa de Antiguidades” mostra “o embate numa sociedade perdida no tempo, em que visões antiquadas e preconceituosas voltam à tona e alguém precisa enfrentar tudo isto”.
“Casa de Antiguidades” tem ainda no elenco o belga Sam Louwyck (“Cargo”), Ana Flávia Cavalcanti (“Corpo Elétrico”), Aline Marta Maia (“Serial Kelly”) e Gilda Nomacce (“As Boas Maneiras”). A direção de fotografia é de Benjamín Echazarreta, fotógrafo de “Uma Mulher Fantástica”, longa vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, a montagem é de Benjamin Mirguet (“Batalla En El Cielo”) e a música é de Nicolas Becker (“Gravidade”). O filme ainda não tem previsão de estreia nos cinemas.
Confira abaixo parte da Seleção Oficial completa de Cannes 2020:
O Brasil está representado na seção “Os Primeiros Longas”, com “Casa de Antiguidades”, do diretor João Paulo Miranda Maria. O filme conta a história de Cristovam (interpretado por Antônio Pitanga), um caipira que sai de sua terra em busca de melhores condições de trabalho, mas que enfrenta a solidão e o preconceito devido ao contraste cultural e étnico. Em recente entrevista, João Paulo disse que “Casa de Antiguidades” mostra “o embate numa sociedade perdida no tempo, em que visões antiquadas e preconceituosas voltam à tona e alguém precisa enfrentar tudo isto”.
“Casa de Antiguidades” tem ainda no elenco o belga Sam Louwyck (“Cargo”), Ana Flávia Cavalcanti (“Corpo Elétrico”), Aline Marta Maia (“Serial Kelly”) e Gilda Nomacce (“As Boas Maneiras”). A direção de fotografia é de Benjamín Echazarreta, fotógrafo de “Uma Mulher Fantástica”, longa vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, a montagem é de Benjamin Mirguet (“Batalla En El Cielo”) e a música é de Nicolas Becker (“Gravidade”). O filme ainda não tem previsão de estreia nos cinemas.
Confira abaixo parte da Seleção Oficial completa de Cannes 2020:
OS FIÉIS (ou
pelo menos já selecionados antes)
THE FRENCH DISPATCH, Wes
Anderson (EUA) –
1h43
ÉTÉ 85, François Ozon (França) – 1h40
ASA GA
KURU (True Mothers), Naomi
Kawase (Japão) – 2h20
LOVERS
ROCK, Steve
McQueen (Reino Unido) – 1h08
MANGROVE, Steve McQueen (Reino Unido) – 2h04
DRUK
(Another Round), Thomas
Vinterberg – (Dinamarca) – 1h55
ADN (DNA), Maïwenn (França/Algéria) – 1h30
LAST WORDS, Jonathan Nossiter (EUA) – 2h06
HEAVEN: TO THE LAND OF HAPPINESS, Im
Sang-Soo (Coreia do Sul)
– 1h40
EL OLVIDO
QUE SEREMOS (Forgotten we’ll be), Fernando
Trueba (Espanha) – 2h16
PENINSULA, Yeon Sang-Ho (Coreia do Sul) – 1h54
IN THE
DUSK (Au crépuscule), Sharunas
Bartas (Lituânia) – 2h06
DES
HOMMES (Home Front), Lucas
Belvaux – (Bélgica) – 1h40
THE REAL
THING, Kôji
Fukada (Japão) – 3h48
OS CALOUROS
PASSION
SIMPLE, Danielle
Arbid (Líbano) – 1h36
A GOOD MAN, Marie Castille Mention-Schaar (França) – 1h47
LES CHOSES QU’ON DIT, LES CHOSES QU’ON FAIT, Emmanuel
Mouret (França) – 2h
SOUAD, Ayten Amin (Egito) – 1h30
LIMBO, Ben Sharrock (Reino Unido) – 1h53
ROUGE
(Red Soil), Farid
Bentoumi (França) – 1h26
SWEAT, Magnus Von Horn (Suécia) – 1h40
TEDDY, Ludovic e Zoran Boukherma (França)
– 1h28
FEBRUARY (Février), Kamen
Kalev (Bulgária) – 2h05
AMMONITE, Francis Lee (Reino Unido) – 2h
UN
MÉDECIN DE NUIT, Elie
Wajeman (França) – 1h40
ENFANT
TERRIBLE, Oskar
Roehler (Alemanha) – 2h14
NADIA,
BUTTERFLY, Pascal
Plante (Canadá) – 1h46
HERE WE ARE, Nir Bergman (Israel) – 1h34
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