sexta-feira, 5 de junho de 2020

Diana Pequeno: mais uma representante da excelente safra de cantores e compositores da década de 70


685 – Diana Pequeno faz apresentação única no Sesc Belenzinho ...
Gravando composições inéditas ou interpretando clássicos como “Cuitelinho”, “Campo Branco”, “Acalanto” e indelével balada "Blowin'in the Wind", Diana Pequeno pavimentou seu caminho para se tornar uma grande intérprete da MPB


A cantora e compositora brasileira Diana Pequeno, nasceu em Salvador/BA no dia 25 de janeiro de 1958. Morou na Saúde, no bairro de Nazaré (centro de Salvador) e estudou no famoso Colégio de Aplicação - um dos grandes referenciais em termos de educação nos anos 50 a 70, ganhou até canção dos Novos Baianos.

Dali saiu para cursas Engenharia Elétrica na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e, no final dos anos 1970, quando ainda era estudante, destacou-se como cantora nos palcos universitários. Passou nessa época a dedicar-se à música, buscando um repertório caracteristicamente brasileiro, misturado a baladas românticas, além das influências medievais, orientais e africanas. Musicou poetas como Mário Quintana e Cecília Meireles. Em um determinado momento, um amigo de seu pai, Bila, perguntou se ele poderia indicar três boas cantoras para fazerem testes na RCA-Victor. Assim, seu pai resolveu indicá-la e Diana foi a única escolhida e, aos 19 anos, entrava em estúdio para gravar o seu primeiro disco.

Passou a morar em São Paulo em 1978 e seu primeiro disco, "Diana Pequeno”, tornou-se um grande sucesso, muito bem recebido pela crítica. Entre outras composições, ela deu nova roupagem a clássicos como "Cuitelinho", tema folclórico, adaptado por Paulo Vanzolini, "Acalanto" de Elomar, "Los Caminos" de Pablo Milanez, "Relvas" de Dércio Marques e Claudio Murilo e uma versão de sua autoria para a clássica balada "Blowin'in the Wind", do cantor e compositor norte americano Bob Dylan, com acompanhamento ao violão de Dércio Marques. Mais uma composição do menestrel Elomar Figueira de Melo que recebeu uma sonoridade ímpar na voz de Diana foi “Campo Branco”.
Diana Pequeno se apresenta nesta sexta no Sesc Belenzinho ...

Dércio trabalhou como coordenador artístico e diretor de estúdio em seu álbum seguinte, casou-se com a cantora e divorciou-se em 1982. Em 1979 classificou-se para as finais do festival de música da extinta TV Tupi com a música "Facho de Fogo" de João Bá e Vital França, contando com a participação especial da cantora, compositora e instrumentista Marlui Miranda nos vocais da faixa. Nesse ano, lançou o LP "Eterno Como Areia".

Em 1980, foi classificada no festival MPB-80 da TV Globo, com a música "Diversidade" de Chico Maranhão. Em 1981 lançou pela RCA o LP "Sinal de Amor", interpretando entre outras, as composições "Trem do Pantanal", de Geraldo Roca e Paulo Simões, que se converteria no hino não oficial do Mato Grosso do Sul, "Busca-pé" de João Bá e Vidal França, "Vagando" de Paulinho Morais, "Regina" tema folclórico com adaptação de sua autoria, "As Flores Deste Jardim" de Ricardo Villas e "Laura" em pareceria com Luiz Llach. No ano seguinte, lançou o LP "Sentimento Meu", com música título de Melão e Vladimir Diniz, além de "Amor de Índio", de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, "Paisagem" (Canção da menina moça)" e "Missa da Terra Sem Males", com letra de Pedro Casaldáliga e Pedro Terra e melodia de sua autoria. Quando poderia ter se tornado uma das maiores cantoras do Brasil, Diana tomou a decisão de afastar-se do mainstream. Lançou ainda, em 1984, o LP "O Mistério das Estrelas", caracterizado por uma sonoridade acentuadamente pop, certamente seu trabalho mais datado, com destaque para a canção Serei Teu Bem", versão para "You've Got a Friend", de Carole King. 


DIANA Pequeno - Feliz aniversário, minha cara Diana! Vc é ...

Sua última aparição para o grande público foi com um tema de novela. Voltou ao curso de engenharia. Graduou-se. Recomeçava a vida aos 27 anos. Em 1989, com ajuda da irmã/produtora Eliana Pequeno lança um disco independente chamado "Mistérios". Lançou em 2001 seu sétimo disco, "Cantigas", pelo selo Rádio Mec, com clássicos da música popular brasileira de autoria de Carlos Gomes, Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga e Guerra Peixe, além de canções folclóricas e de composições de sua própria autoria, onde a cantora demonstrava um evidente amadurecimento enquanto compositora. É chamada de Joan Baez brasileira, pela pesquisa de músicas engajadas. Lançou ainda uma coleção de discos que estava na “gaveta”, após 14 anos de retiro. É a Trilogia das Almas e ainda o disco Signo. Ouviremos: Um dia de Sol, A Distância sempre volta pra me deixar perto de você, Raio de Sol e Coisas do coração. 




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