quinta-feira, 7 de maio de 2020

Voltando a Macondo: uma viagem que dura “Cem Anos de Solidão”


Cem Anos de Solidao - Gabriel Garcia Marquez

Lançado em 1967, a obra-prima de Gabo foi sucesso absoluto. É uma das mais lidas e traduzidas em todo o mundo e marca a genialidade do autor em usar do tal realismo fantástico que o tornou um ícone latino-americano


Quase duas décadas depois, acabei de reler “Cem Anos de Solidão”, do impagável Gabriel Garcia Márquez. Foi como voltar a um local onde viveu uma fase da sua vida, revisitar Macondo e as suas peculiares esquisitices e se deixar levar pela saga dos Buendía e a sua infindável repetição dos nomes Arcádio e Aureliano.

A obra prima de Márquez é considerada a mais importante escrita em língua hispânica depois de “Dom Quixote”, do espanhol Miguel de Cervantes. “Cem Anos de Solidão”, um sucesso editorial absoluto com mais de 50 milhões de exemplares vendidos. Um clássico da literatura mundial. 

E a solidão da narrativa poderia ser classificada com “Mil Anos..”, já que todos os personagens do romance padecem da solidão, não só pelo isolamento da localidade de Macondo, mas, sobretudo, pelo próprio estado de espírito que caracteriza o passar do tempo para a família Buendía, seus descendentes e aderentes.

E nem só de solidão vive o livro pois a família Buendía, entre os inúmeros Arcádios e Aurelianos enveredam-se em questões que vão desde inventos inimagináveis, passando por amores na casa grande e na senzala, corrupções, até mortes trágicas ou simplesmente de velhice.

O autor com sua inigualável imaginação, o autor mantém o leitor preso à narrativa, mesmo com acontecimentos mirabolantes como as malabaristas de seis braços, o ancião de quase duzentos anos que havia vencido o duelo de repentes, do padre que levita 12 centímetros do chão, da mulher que come areia, dos filhos que nascem com rabo de porco e da chuva intermitente que dura “quatro anos, onze meses e dois dias”.

Nobel de 1982


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Gabo foi premiado com um Nobel de Literatura em 1982 pelo conjunto de sua obra que reúne mais de 30 títulos, entre romances, contos, roteiros de cinema e trabalhos na área jornalística. No Brasil, já vendeu mais de 2 milhões de títulos.

Euriques Carneiro

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