Já em Pompeia se fazia reciclagem. Entre outros usos, os pompeianos faziam grandes acumulações de lixo na parte de fora da muralha da cidade. Mais tarde, esse material voltava para dentro da cidade onde era reutilizado em construções. A gestão do lixo no Império Romano é um dos temas do livro Life and Death in the Roman Suburb, da especialista em arqueologia romana Allison Emmerson, que será publicado a 25 de Maio pela Oxford University Press.
Ao longo do livro, Allison Emmerson analisa como, quando e porque é que os habitantes das cidades do Império Romano “abandonavam” o interior das suas fortificações para desenvolverem novos arredores fora delas. “Como a lei romana exigia que os túmulos dos mortos fossem fora das muralhas da cidade, estudos anteriores referiam que havia uma estrita separação entre a ‘cidade dos vivos’ dentro das muralhas e a ‘cidade dos mortos’ fora delas”, explica ao PÚBLICO a investigadora. “Percebi que isso não era bem assim: as cidades romanas ao longo de Itália tinham subúrbios – arredores fora das muralhas que incluíam tanto vivos como mortos. ”
Allison Emmerson escreveu então sobre vários aspectos da vida nos subúrbios desde a morte, passando pela vida comercial e a religião até à gestão do lixo. A professora de estudos clássicos na Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, fez trabalhos de campo em Pompeia (em Itália) e em Isthmia (na Grécia), e os resultados desses trabalhos serão publicados no livro Life and Death in the Roman Suburb.

A gestão do lixo em Pompeia tem vindo a ganhar um especial destaque na comunicação social e nas palestras de Allison Emmerson. Pompeia era uma cidade com vilas, praças, lojas de artesãos e até um anfiteatro com capacidade para 20.000 pessoas. No ano 79, acabou por ser destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio. No século XVIII, um grupo de exploradores descobriu uma cidade quase perfeitamente preservada sob um “tapete” de cinza e pedra-pomes – era Pompeia. Atualmente, é património mundial da UNESCO e, em tempos normais, chega a ter 2,5 milhões de visitantes por ano.
Fonte: https://www.publico.pt/
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