quarta-feira, 27 de maio de 2020

A saúde dos oceanos a partir do COVID-19 e o que fazer até 2030


ONU alerta para o aumento do nível dos oceanos - ECO21

Após a “COP Azul” (a COP 25 do clima), cujos impactos políticos reais precisarão ser avaliados além da forte mobilização da sociedade civil, 2020 é apresentado como um “Super Ano” para o oceano

Mas o que realmente podemos esperar? E como seria um 2020 de sucesso para a conservação dos oceanos? , havia a previsão de vários eventos importantes e prazos políticos no horizonte, mas a pandemia do COVID-19 alterou completamente a vida no planeta terra.

Por vários meses, a frase foi repetida como um mantra: 2020 será um “Super Ano” para os oceanos e ao tempo em que todos os eventos previstos para o 1º foram suspensos, o isolamento social e a redução das atividades em todo o mundo, - aí incluídas a movimentação nos oceanos, - acabaram por trazer benefícios inimagináveis em tempos normais.

Lixos e dejetos que eram lançados no oceano foram drasticamente reduzidos desde o mês de abril e o que se vê é para atestar que o homem é o grande inimigo do meio ambiente.

Há décadas acompanhamos a degradação do oceano e as inúmeras ameaças como as alterações climáticas, expansão térmica, acidificação, ondas de calor, desoxigenação, sobrepesca, pesca ilegal e até os plásticos que colocam em causa a sustentabilidade do oceano. 


Como acabar com o lixo nos oceanos?

É inegável, no entanto, que essa pandemia, e a retirada de cena de milhares de humanos das ruas e da vida como a conhecíamos, teve já um efeito positivo em alguns dos maiores ecossistemas do planeta e isso também nos deverá levar a refletir sobre a forma como pretendemos viver e desenvolver-nos na era pós-covid-19. 

Manifesto Azul

Movimento liderado pela Oceana, Mares em Risco, BirdLife Europe, ClientEarth, Surfrider Foundation Europe e WWF lançou o Manifesto Azul, um documento que estabelece ações para recuperar os oceanos da degradação e da poluição, com medidas voltadas tanto para a terra quanto para o mar. A iniciativa reúne ao todo 102 organizações não governamentais e esteve em discussão na Semana do Oceano 2020, realizada de 3 a 9 de fevereiro, em Bruxelas, na Bélgica.

A proposta é colocar os holofotes sobre as ameaças enfrentadas por espécies e habitats marinhos, oferecendo soluções reais sobre como resolvê-las. As organizações convidam cidadãos, instituições e partes interessadas a discutir os desafios enfrentados pelos oceanos e comunidades costeiras. 


Blue Manifesto: O novo plano para a Europa tornar os oceanos ...

O Manifesto foi enviado aos líderes da União Europeia (UE) e exige:

Mudança completa de todas as pescarias para modalidades de baixo impacto;
• Fim da poluição marinha;
• Implementação de atividades humanas que apoiem a restauração de ecossistemas marinhos; e
• Proteção de pelo menos 30% dos oceanos até 2030.

A situação dos ecossistemas marinhos em todo o mundo é preocupante, como referido pelos recentes relatórios divulgados pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas e pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas da ONU sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos.

De acordo com as organizações, seguir as recomendações apresentadas no Manifesto Azul colocará a Europa no caminho certo para preservar os oceanos que são fundamentais para a vida na Terra.

Com o Pacto Ecológico Europeu, a Comissão Europeia comprometeu-se a implementar estratégias reais de clima e biodiversidade que mudarão o investimento e a legislação para um futuro resiliente e ecologicamente diversificado. As ONGs pedem agora à Comissão Europeia a garantia que o oceano seja parte integrante dessas estratégias, seguindo as diretrizes propostas no Manifesto.

Referência: https://brasil.oceana.org/pt

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