domingo, 19 de abril de 2020

Qual o momento exato para se “Atravessar o Rubicão”?

Golpistas, não cruzem o Rubicão; a guerra vos espera do outro lado ...
No mês de janeiro de 49 a.C. o general Júlio César tomou a iniciativa de atravessar o rio Rubicão, seguido pelo seu exército, indo contra a lei do Senado que determinava guerra toda vez que o general de Roma entrasse na Itália pelo Norte

Com essa decisão de Júlio César, a sorte foi lançada para o estabelecimento do Império Romano e ele sabia que a partir do momento que atravessasse o rio Rubicão estava declarando uma Guerra Civil contra Pompeia, e por esse motivo só restavam duas opções, ou conquistava Roma ou então seria esmagado por Pompeu. Essa guerra foi a segunda da República Romana e a decisão de Júlio César que fez com que se firmasse o Império Romano.

Nos dias de hoje, sempre que alguém tem uma decisão de crucial importância a tomar, utiliza-se a metáfora “Atravessar o Rubicão”. Esse passo pode parecer difícil, mas ainda existirão muitos outros para se atravessar ao longo das nossas vidas. A busca pelo desconhecido passa a ser muito mais interessante e dinâmica que puramente medrosa. Aliás, após algum período até o medo passa a ser uma ferramenta mais de coragem do que de trava.

O “Rubicão” na história


Hoje no Mundo Militar na Twitterze: "Neste dia em 49 a.C. Júlio ...
O Rubicão é um pequeno rio no nordeste da Itália, cuja identificação não é completamente segura, mas que se pensa tratar-se do rio Fiumicino. Na Antiguidade, o rio marcava a fronteira entre a Gália Cisalpina e os territórios administrados por Roma.

A 10 de janeiro de 49 a.C., o general romano Júlio César passou o rio em direção a Roma, com a sua legião, o que era estritamente proibido pelas regras da República e considerado como um ato de guerra. Júlio César terá então proferido a célebre frase “alea iacta est” (“a sorte está lançada”) e a expressão “passar o Rubicão” ficou para a História como uma decisão arriscada, irreversível e sem retorno.

· Qual o motivo que o levou a tomar essa decisão?
rubicão hashtag on Twitter

Dois homens disputavam o poder, nessa altura: o general Pompeu Magno, que era o homem mais poderoso de Roma e que tinha o apoio das famílias mais importantes do Senado, e Júlio César. Este ganhava cada vez mais apoios, sobretudo junto do povo romano, devido aos sucessos militares que tinha obtido nas campanhas da Gália. Apesar de terem formado uma aliança durante algum tempo (o Primeiro Triunvirato), o conflito era inevitável.

Quando regressou da Gália a caminho de Roma, César soube que o Senado lhe tinha retirado o poder e que se preparava para destituí-lo. Ordenou-lhe, portanto, que regressasse a Roma e dispersasse o seu exército. Em vez de obedecer, Júlio César fez exatamente o contrário: avançou sobre Roma à frente da sua legião, num claro desafio ao Senado romano e ao seu rival.

· Que consequências teve?
quando você vai atravessar o rubicão?

A decisão de César levou a um período de guerra civil. Apesar de ter apenas uma legião, a sua ousadia assustou os seus inimigos, que fugiram de Roma em vez de defender a cidade. Assim, apesar de dispor de forças inferiores, César perseguiu Pompeu Magno, que se refugiou na Grécia. Nas várias batalhas que se sucederam, César conseguiu vitórias importantes, mesmo quando estava em clara inferioridade.

De homem mais poderoso de Roma e paladino do Senado e das leis da República, Pompeu Magno passou a fugitivo em pouco tempo, até à sua derrota final no Egito, onde foi assassinado por ordem do rei Ptolomeu XIII. Júlio César derrotou os seus inimigos e prosseguiu a sua trajetória vitoriosa até ser aclamado como ditador perpétuo em Roma. Viria a ser assassinado em pleno Senado, 5 anos depois da famosa passagem do Rubicão, por um grupo de senadores.


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