quarta-feira, 25 de julho de 2018

Reviravolta no caso da morte de Emmett Till: caso reaberto pela justiça americana


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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos reabriu a investigação sobre o brutal assassinato de Emmett Till, um menino negro de 14 anos que foi sequestrado e linchado em 1955 no Mississippi

Apesar de terem se passado cerca de 60 anos, o caso de Emmett Till ainda paira na memória dos negros estadunidenses e da toda uma geração moldada na luta pelos diretos civis. Sua morte mudou os EUA e iniciou todo o processo de mobilização em torno dos direitos civis.

Histórico

Em agosto de 1955 no Mississipi, dois homens brancos, J.W. Milam e seu meio-irmão Roy Bryant, torturaram e assassinaram Emmett Louis Till, um rapaz negro de 14 anos, por ter supostamente assobiado para a noiva de Bryant, Carolyn, de 21 anos, enquanto ele estava um uma loja comprando chiclete. O primo de Emmett, Wheeler Parker, que estava com ele na loja, confirma o assobio do garoto, mas alega que não fizeram nada para a mulher.

Naquele momento, em que o sul dos EUA ainda era extremamente racista, onde a violência era tão cotidiana quanto aceitada, Bryant e Milam alguns dias mais tarde, em 28 de agosto de 1955, sequestraram o jovem Emmett Till. Colocaram-no na parte traseira da caminhonete e o levaram para um galpão na cidade vizinha Sunflower County, onde o espancaram quase até a morte, arrancaram-lhe um olho e lhe deram um “tiro de misericórdia”. Um descaroçador de algodão de 30 quilos foi amarrado ao pescoço de Till com arame farpado e em seguida lançado ao rio local, o Tallahatchie. O casal Roy e Carolyn eram donos do Mercado de Carnes e Comestíveis Bryant.

Três dias depois, o cadáver inchado e desfigurado foi encontrado. Os irmãos assassinos e a polícia tentaram convencer a população que não era Till, que ele havia retornado para Chicago após as ameaças de Roy e Milan. As graves lesões tornaram a identificação do corpo de Emmett muito difícil, mas ele acabou sendo reconhecido graças ao anel que usava e que tinha sido de seu pai. Os irmãos Bryant foram acusados formalmente pelo assassinato e presos.

O conjunto de jurados de Sumner, composto em sua totalidade por homens brancos, demorou apenas uma hora para dar seu veredicto: absolvidos de todas as acusações. Com a proteção legal de não poderem mais ser julgados pela mesma causa, a revista Look pagou a J.W. Milam e Roy Bryant, cerca de 4 mil dólares para que contassem a verdadeira história. Os irmãos confirmaram em detalhes o crime e afirmaram não ter tido escolha diante da situação.

Velório aberto
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O corpo de Till foi colocado num caixão simples, feito de pinho que é um material de fácil degradação, para ser enterrado, mas sua mãe, Mamie Till Bradley, queria que o corpo voltasse para Chicago e se recusou a permitir o enterro no Mississipi. Já em Chicago, o caixão não podia ser aberto devido ao estado do corpo. Após muita insistência da mãe do jovem, o caixão permaneceu aberto durante o velório: "Eu quero que o mundo veja o que fizeram com meu bebê".

Seu assassinato foi um catalisador para o Movimento de Direitos Civis americanos, meses antes do boicote aos ônibus de Montgomery, após a prisão de Rosa Parks, que disse em uma entrevista na época: “Eu penso em Emmett Till e sei que não posso voltar atrás”.

Durante o julgamento, Carolyn Bryant testemunhou que Emmett "a tinha agarrado e a ameaçado verbalmente”. Ela disse que, enquanto ela não conseguia pronunciar a palavra "impronunciável" que ele usara ... "ele disse [que tinha]" feito alguma coisa "com mulheres brancas antes". Seu testemunho segundo o juiz não era relevante para o assassinato de Emmett, porém foi ouvido pelos espectadores da corte e colocado no registro porque a defesa queria usá-lo como provas em caso de recurso se os réus passaram a ser condenados.

Embora sempre se acreditasse que Bryant e Milam, agora mortos, agiram sozinhos, novas evidências, muitas delas propiciadas por um recente documentário sobre o caso de autoria de Keith Beauchamp, indicam que vários outros indivíduos poderiam estar envolvidos, alguns ainda vivos, inclusive testemunhas disseram ter visto Carolyn na caminhonete quando o menino foi raptado. Ela negou qualquer envolvimento. Dois anos depois, o FBI e os procuradores do Mississipi encerraram definitivamente o caso, por "falta de provas suplementares".

Quebra do silêncio

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No entanto, agora, Carolyn Bryant quebrou seu silêncio de décadas. Em um novo livro O sangue de Emmett Till, o autor Timothy Tyson, um estudioso da pesquisa da Universidade Duke, revela que em 2007 Carolyn, aos 72 anos, admitiu que ela havia inventado a parte mais condenatória de seu testemunho. "Essa parte não é verdade", disse Carolyn a Tyson sobre sua alegação de que Emmett fez avanços físicos e verbais em sua direção. Convenientemente, de acordo com Vanity Fair, ela disse que ela não conseguia lembrar o resto do que aconteceu naquela noite de agosto na loja.

Tyson disse que Carolyn foi mudada pelos avanços sociais e legais que envolveram os direitos dos negros e que varreram o Sul nas últimas décadas. "Ela estava feliz por as coisas terem mudado [e ela] achava que o velho sistema de supremacia branca estava errado, embora ela tivesse tomado mais ou menos como normal na época", acrescentou.

Realidade brasileira


Isso diz muito da naturalização que existe ainda hoje entorno da morte e encarceramento dos jovens negros no Brasil. Não é nada comum que cerca de 40% dos presos estejam lá sem julgamento e que a probabilidade de um jovem negro ser preso, mesmo que sem provas, seja 70% maior do que a probabilidade de um jovem branco receber o mesmo tratamento. A naturalização deste tipo de situação deve ser debatida pelo conjunto da sociedade, mas infelizmente se encontra somente nos círculos de debate dos diretos humanos e de associações que lutam pelo fim da violência contra os jovens negros no Brasil e no mundo. 



A morte de Emmett Till não pode ter sido em vão. No ano passado, uma placa colocada no rio em que Emmett foi encontrado que conta sua história foi vandalizada com quase 60 tiros. Enquanto isso a placa que mostra a antiga localização da casa de J. W. Milem segue preservada e foi adornada com flores.

Como naquela época, a luta pelos direitos civis plenos para os negros não pode ser deixada para trás. Devemos organizar fortes campanhas contra a mortes do e encarceramento dos jovens negros, de maneira a exigir do estado não apenas a liberdade imediata dos presos sem julgamento, mas também que esses jovens sejam julgados por um júri comporto por seus pares, ou seja, integrantes da comunidade em que vivem.

http://www.esquerdadiario.com.br

terça-feira, 24 de julho de 2018

Um desafio para as nações: o controle de armas de fogo


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Não é de hoje que se discute o porte de armas no Brasil, mas diante do aumento desenfreado da violência, o controle/liberação de armas para civis é assunto frequente nas rodas de discussão Brasil afora

Como sempre, há defensores e contrários à liberação, cada um com seus argumentos e tem até candidato a presidente que incluiu a liberação de armas para todos os cidadãos na sua plataforma de governo.

De outro lado, as pessoas que entendem que mais armas nas mãos de pessoas de bem, dará apenas uma pseudo sensação de segurança já que o bandido tem ao seu lado dois trunfos: o efeito surpresa nas suas investidas e a visão de quem não tem nada a perder. Assim, pessoas sem o devido treinamento portando armas de fogo, serviriam apenas para armar ainda mais os fora da lei.

Estatuto do Desarmamento
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A Lei 10.826 de 22 de dezembro de 2003, o Estatuto do Desarmamento, foi promulgada para conter a comercialização e uso de armas de fogo indiscriminadamente por civis no território nacional, dificultando a aquisição por quem seja desprovido de boas intenções, ou de condições racionais mínimas de uso.

O objetivo maior era reduzir os índices de violência, sobretudo os números de homicídios provocados por armas de fogo, muitos deles perpetrados por banalidades, garantindo, dessa forma, aos cidadãos de bem, um mínimo de segurança desejável. No entanto, uma comissão especial do Congresso Nacional aprovou em 26 de outubro de 2015 um projeto que tem, entre outros objetivos, facilitar a obtenção do porte de armas por cidadãos civis.

No ano de 2005, realizou-se referendo autorizado pelo Decreto Legislativo n.º 780 de 07 de julho de 2005, onde a população brasileira foi consultada a respeito da proibição ou permissão da comercialização de armas de fogo em território nacional.

Países onde o porte de armas é proibido
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Em algumas nações do mundo, o porte de armas é terminantemente proibido. No Japão, na Austrália e no Reino Unido, por exemplo, nenhum civil é autorizado a usar armas.

O controle da proliferação de armas aponta para dois desafios. De um lado, a dificuldade em fazer com que as regras sejam respeitadas – interesses econômicos e políticos contrários são gigantescos. Por outro, há de se fazer com que a produção de normas acompanhe o desenvolvimento da indústria. A maneira como a indústria permite a aplicação de tecnologias, cada vez mais destruidoras, gera quase uma corrida entre formas de controlar as armas e processos de modernização da destruição. 


O espaço político para a geração de regras de controle não pode ser limitado aos governos e Estados. A sociedade civil tem papel crucial na pressão para que armas não sejam usadas ou desenvolvidas e na estigmatização dos que desrespeitam as regras. Campanhas fazem parte dos movimentos da sociedade e vinculam a preocupação com questões humanitárias, a segurança humana, os direitos humanos e as regras de controle.

O tema é por demais controverso e muitas discussões ainda vão ser travadas em busca de um senso comum, se é que ele virá um dia. Mas todos concordam que, reduzir os índices de violência é vital até para a sobrevivência da raça humana.


Euriques Carneiro

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Mito da caverna de Platão | A questão do conhecimento e da ignorância sob o prisma de Platão


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O Mito da caverna de Platão narra o drama de prisioneiros que desde o nascimento foram isolados e acorrentados em uma caverna de forma que só era possível para eles ver uma parede, a qual estava iluminada por uma fogueira

O Mito da Caverna, também conhecido como Alegoria da Caverna, foi escrito por Platão, um dos mais importantes pensadores da história da Filosofia.

Através do método dialético, esse mito revela a relação estabelecida pelos conceitos de escuridão e ignorância, luz e conhecimento. Foi escrito em forma de diálogo e pode ser lido no livro VII da obra A República.

Platão descreve que alguns homens, desde a infância, se encontram aprisionados em uma caverna. Nesse lugar não conseguem se mover, em virtude das correntes que os mantém imobilizados.

Virados de costas para a entrada da caverna, veem apenas o seu fundo. Atrás deles há uma parede pequena, onde uma fogueira permanece acesa. Por ali passam homens transportando coisas, mas como a parede oculta o corpo dos homens, apenas as coisas que transportam são projetadas em sombras e vistas pelos prisioneiros.

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Um dia, um desses homens que estava acorrentado consegue escapar e é surpreendido com uma nova realidade. No entanto, a luz da fogueira, bem como a do exterior da caverna, agridem os seus olhos, já que ele nunca tinha visto a luz. Esse homem tem a opção de voltar para a caverna e manter-se como havia se acostumado ou, por outro lado, pode se esforçar por se habituar à nova realidade.

Se esse homem quiser permanecer fora pode, ainda, voltar para libertar os companheiros dizendo o que havia descoberto no exterior da caverna. Provavelmente eles não acreditariam no seu testemunho, já que para eles o verdadeiro era o que conseguiam perceber da sua vivência na caverna. 


Interpretação
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Com o Mito da Caverna, Platão revela a importância da educação e da aquisição do conhecimento, sendo esse o instrumento que permite aos homens estar a par da verdade e estabelecer o pensamento crítico.

O senso comum, que dispensa estudo e investigação, é representado pelas impressões aparentes vistas pelos homens através das sombras. O conhecimento científico, por sua vez, baseado em comprovações, é representado pela luz.

Assim, tal como o prisioneiro liberto, as pessoas também podem ser confrontadas com novas experiências que ofereçam mais discernimento. O fato de passar a entender coisas pode, no entanto, ser chocante e ser fato inibidor para que continuem a buscar conhecimento.

Isso porque a sociedade tem a tendência de nos moldar para aquilo que ela quer de nós, que é aceitar somente o que nos oferece através da informação transmitida em meios de comunicação e não só.

Desde a Antiguidade, Platão quer mostrar a importância da investigação para que sejam encontrados meios de combate ao sistema, o qual limita ações de mudança.

Referência: www.todamateria.com.br

Centenário de Nelson Mandela, um dos maiores líderes da história em todos os tempos


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Nesta quarta-feira,18,Nelson Mandela, considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade, celebraria o seu centenário

O mundo celebra hoje (18) o centenário de Nelson Mandela, um dos maiores líderes do século 20 e esta data é conhecida como o “Mandela Day”. Todos os anos o dia 18 de julho relembra a trajetória de “Madiba” e sua importância pelo fim do regime racista do apartheid, que ocorreu entre 1948 e 1993.

O primeiro presidente negro da África do Sul, que teve papel determinante no fim do sistema de segregação racial conhecido como “apartheid”, completaria 100 anos nesta quarta-feira (18). O homem, também chamado de Madiba, que nasceu livre para correr pelos campos ao redor da cabana onde morava e que passou 27 anos atrás das grades por seu engajamento na luta contra o racismo deixou lições para a humanidade.

Várias homenagens especiais serão realizadas no mundo inteiro em memória ao centenário. Uma extensa programação foi preparada e inclui exposições, debates, iniciativas de incentivo à educação, ao voluntariado, publicação de livros, lançamento de filmes, músicas e concertos em tributo ao líder que dedicou sua vida à luta pela liberdade e abriu caminho para a consolidação da democracia no continente africano.

Por sua contribuição à luta antirracista, o 18 de julho foi transformado pelas Nações Unidas (ONU) no Mandela´s Day, o Dia Internacional Nelson Mandela – pela liberdade, justiça e democracia, uma forma de lembrar a dedicação e seus serviços à humanidade, com forte atuação também no enfrentamento ao vírus HIV e na mediação de conflitos.

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“Lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra. Porque eu promovi o ideal de uma sociedade democrática e livre na qual todas as pessoas possam viver em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal que espero viver mas, se necessário for, é um ideal para o qual estou preparado para morrer.” 

Legado consistente

Achille Mbembe, o mais importante pensador africano vivo, chegou a ponderar tempos atrás se a reconciliação e a justiça inspiradas por Mandela de fato haviam conduzido os sul-africanos à soberania pátria e espiritual, quando seu sucessor Jacob Zuma (2009-18) ameaçou a imberbe democracia da África do Sul com o aparelhamento do Estado. O legado de Mandela, no entanto, se mostrou forte e consistente diante do assédio político e permanece como realidade institucional no país sul-africano.

"Desmentindo o mantra de que a hegemonia política do Congresso Nacional Africano (CNA) era incompatível com a formação de uma sociedade civil autônoma e de uma burocracia estatal independente, foram justamente os ativistas, jornalistas e funcionários públicos, devidamente protegidos pela Constituição, que forçaram a destituição, democrática e consensual, do presidente corrupto. 

Até ontem tida como inimaginável, a ainda incipiente, mas não menos notável, guinada democrática nos demais países da África austral surge como uma realização tardia da promessa de uma nova era proferida por Mandela há quase três décadas. As mudanças em curso em Angola e Zimbábue sugerem que, afinal, a CNA pode não ser o único movimento de luta armada anticolonial a liderar uma transição para uma democracia multipartidária." 

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quinta-feira, 12 de julho de 2018

Não é ficção: no jogo preferido dos mesoamericanos, perder significava morrer


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A concepção era absolutamente primitiva e o nome era 'ollamaliztli' em nahuatl (asteca) ou 'pitz' em maia e, nesse esporte que era o favorito dos povos mesoamericanos, quem perdia era sacrificado

Mas a ideia havia surgido muito tempo antes desses povos, por volta de 1400 a.C. na civilização olmeca, a primeira a construir grandes cidades no México - que incluíam colossais quadras de bola.

Assim, os mesoamericanos jogaram bola por quase 3 mil anos, até a conquista espanhola - ou bem mais, se você considerar o ulama, jogo praticado ainda hoje na região de Sinaloa, que usa os quadris para jogar a bola de um lado a outro.

Entre os maias, que fizeram a maior quadra conhecida em Chichen Itza, os jogos eram revestidos de profundo significado religioso, relacionados ao mito dos Gêmeos Heróis, que teriam desafiado os senhores de Xibalba, o submundo, para uma partida. Os astecas também viam no jogo um sentido cósmico, a batalha do Sol contra a noite. Mas eles tinham uma atitude bem mais casual: a maioria dos jogos era feita por diversão, com ninguém saindo morto (salvo acidente). Os nobres eram os profissionais, mas plebeus batiam uma pelada em campos improvisados. Havia até banca de apostas.

Mostramos aqui a presumida versão asteca numa quadra inclinada - havia inúmeros tamanhos e variações, com a quadra maia em Chichen Itza com paredes verticais e o anel a impossíveis 6 metros de altura. "Presumida" porque as regras não são conhecidas em detalhes.

Confira os detalhes:

Sacrifícios

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Em jogos cerimoniais, o time perdedor era sacrificado por decapitação. Algumas figuras em quadras até mesmo mostram os vencedores jogando com suas cabeças. Como os sacrifícios na sociedade asteca eram de figuras de baixo status, podendo jogar contra verdadeiros ídolos da torcida, os historiadores acreditam que esses jogos eram pré-arranjados e o time dos prisioneiros não tinha a menor chance.
Regras
Como um jogo milenar que passou por muitas culturas, as regras variavam enormemente. Em todas elas, a ideia era não deixar a bola cair nem sair da quadra. Na versão asteca, depois de duas quicadas, no máximo, ela tinha de ser passada para o lado adversário. Se a parede do outro lado fosse atingida, era ponto. Se o time falhasse em passar, deixasse a bola ir para fora ou falhasse numa tentativa de passar pelo aro, era o adversário que ganhava pontos.
Variações

Acredita-se que a versão principal entre os astecas permitia apenas o uso dos quadris, talvez joelhos. Em outras variações (ou nessa, vai do historiador) podiam valer os punhos, cotovelos, cabeça ou até mesmo tacos, muito parecidos com os do hockey moderno.
Grande prêmio

Como tentar mandar a bola através do anel e errar dava pontos ao inimigo, e como era extremamente difícil fazer isso com os quadris, era raro ver uma bola passar por ele. Mas, quando passava, era o fim do jogo - vitória para quem conseguiu.
Bola

Era feita de uma mistura de borracha de plantas diferentes, para que quicasse de forma ideal. Podia ter 30 cm de diâmetro e pesar até 4 kg - o que fazia com que tivesse um impacto brutal. Os jogadores frequentemente saíam da quadra cheios de hematomas, às vezes com ossos quebrados e, em impactos contra a cabeça, podiam até mesmo acabar mortos.
Jogadores

Os nobres aprendiam a jogar na escola, a calmenac. Quem fosse realmente bom podia se tornar um profissional. Escravos e cativos de guerra, destinados ao sacrifício, também jogavam. Havia todo um equipamento, espécie de armadura de tecido, couro e madeira, usado para proteger de boladas e ajudar a mover a bola com mais impacto. A proteção nos joelhos era porque os jogadores tinham que se jogar no chão frequentemente.
Referência: aventurasnahistória

Antiga Livraria Cultura no Recife Antigo fecha suas portas


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Impasse que existe há dez anos entre os proprietários do imóvel culminou com o fechamento da Livraria Cultura que era locatária do imóvel

A Cultura do Recife Antigo fechou nesta sexta-feira (06), no mesmo dia em que o Brasil foi eliminado na Copa do mundo. A notícia foi um choque para os seus frequentadores e funcionários. 


A livraria foi inaugurada em 2004 e ficou aberta por 14 anos. Depois do fechamento da Livro 7, era uma espécie de oasis no Centro do Recife para quem gosta de cultura. Lá, era possível consumir literatura, música, ler jornais e revistas, estimular as crianças no caminho da leitura, ou tomar um bom café - seja sozinho ou com amigos.

Quando a loja foi inaugurada, não havia tanto impacto das mídias digitais. Ainda assim, ela era uma sobrevivente num mundo tão digital. Vendia artigos relacionados aos quadrinhos e video game, filmes e séries cults. Tinha sessões de best sellers, era para todos os gostos, um catálogo elogiável. A unidade do RioMar continuará a funcionar normalmente, mas o fechamento do imóvel no Bairro do Recife vai deixar saudades. 


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Sobre o fechamento do espaço cultural preposto da Prefeitura se posicionou: "A Prefeitura do Recife tem dado uma atenção muito grande ao bairro do Recife. A gente está desenvolvendo um mapeamento da área e atraindo investimentos para o bairro. Uma prova disso é o Moinho Recife, que vai ser um prédio totalmente reformado. Estamos aprovando o processo de construção dele agora e a obra vai começar no segundo semestre. Então, a gente está buscando vários atrativos para o local onde a cidade começou"

Referências: diariodepernambuco/livrariacultura.com.br

terça-feira, 10 de julho de 2018

Fortaleza | Os encantos da bela capital cearense


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Quando se pensa em viajar em julho, tem-se a opção de curtir um friozinho a exemplo de Campos do Jordão e Gramado / Canela ou destinos mais aventureiros como a Chapada Diamantina, Bonito e Pantanal, entre outros. Pegar um solzinho nessa época do ano? Nem pensar! Ledo engano, pois no Ceará tem sol e praias convidativas sim 

Quem visita a bela Fortaleza pode optar por várias atrações a exemplo da Praia do Futuro com suas barracas que mais parecem um mini resort, como a Croco Beach e Chico Caranguejo ou pode pegar as estradas, - muito bem conservadas e sem pedágio, - para destinos como Morro Branco e Canoa Quebrada. Se tiver com tempo , vale rodar cerca de 300 km e ir até Jericoacoara, um paraíso na terra de Iracema. 


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Diz-se que, ir a Fortaleza e não se aventurar no Beach Park é ‘ir à Roma e não ver o Papa...” (mas ele não fica no Vaticano? Ah, deixa isso prá lá e vamos conferir Fortal). 

Com preços salgadíssimos de entrada a R$ 225,00 por pessoa, o consumo de bebidas e comidas no interior é ainda mais exorbitante. Parece que você está em um cruzeiro em alto mar e não em um parque aquático em solo brasileiro. Mas se você resolveu adentrar ao Beach Park, esqueça os preços e aproveite as inúmeras atrações como INSANO, KALAFRIO, ARREPIUS E VAIKUNTUDO, esses para quem é chegado às mais radicais, mas tem outras opções para quem não curte tanta adrenalina assim. 



Na área de bares e restaurantes, os preços são normais para um capital, mas chama à atenção o baixo preço que se paga por pratos à base de camarão. Explica-se: como o Estado é líder na produção de camarão em cativeiro, o preço é mais baixo e pode-se consumir uma porção de 01 kg do crustáceo à alho e óleo, ao preço de R$ 49,90 


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Falamos das praias e do Beach Park como introdução pra discorrermos sobre a terceira mais procurada atração de Fortaleza, - atrás apenas das duas citadas anteriormente, - que é o Mercado Central de Fortaleza, um complexo que conta com 553 boxes para vendas de produtos diversos. São cinco pavimentos, sendo que o subsolo é destinado apenas para um estacionamento pago, mas com manobrista gratuito.

História


mercado central de fortaleza

A capital cearense não tinha até 1809, um mercado para venda de carnes, verduras e frutas, quando foi autorizada a construção de um prédio no centro da cidade para que servisse de depósito e feira. Ele então foi batizado de Cozinha do Povo. O prédio era todo de madeira e possuía uma estrutura bem diferente da que existe hoje.

Quem vai ao Mercado encontra bem mais que uma montanha de boxs vendendo souvenires e lembrancinhas. O passeio é uma viagem pela cultura cearense e é possível encontrar shows de artistas locais, - todo cearense é um humorista em potencial, - e desde aquele garçom bem humorado até o vendedor que oferece seus produtos com uma lábia rimada, você pode dar de cara com repentistas, sanfoneiros e outros artistas performáticos. 


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Na entrada principal, é comum se apresentarem um casal de irmãos cegos onde ele toca sanfona e a outra cante e toca zabumba. Uma outra irmã, - com visão normal, - oferece CDs do grupo a módicos R$ 5 reais. Mais à frente uma figura absolutamente incrível: uma estátua caracterizada de cangaceiro, inteiramente pintada na cor prata mas que, quando alguém chega perto, ela sai do imobilismo e faz várias poses para fotos com turistas, devidamente acompanhado das suas armas como fuzil, pistola e punhal, todos confeccionados em madeira, evidentemente. Ele não emite uma única palavra mas interage com as pessoas através de assovios e faz a festa com os visitantes. 


Fortaleza tem ainda o Museu Dragão do Mar, a Ponte dos Ingleses, (em reforma), Centro de Eventos e a Arena Castelão, mas o Mercado de Fortaleza é realmente uma visita imperdível.


Euriques Carneiro