
As pessoas da cidade de Salém, Massachusetts, séculos mais tarde conseguiram seguir em frente mesmo com sua história puritana. Ainda assim, as pessoas que vivem lá certamente não esqueceram as raízes de sua comunidade.
É por isso que elas ainda mantêm a Casa Jonathan Corwin. Também conhecida como a Casa das Bruxas, este é o último edifício restante que possui ligações diretas com os Julgamentos das Bruxas de Salem… e tudo sobre o local é assustadoramente fascinante.
Spofford e os poderes hipnóticos a serviço de Satã

Em 14 de maio de 1878, a cidade de Salem, Massachusetts, acompanhou o último julgamento por bruxaria dos Estados Unidos. Ele ficou conhecido como o Segundo Julgamento por Bruxaria de Salem e recebeu muita atenção na época por ter acontecido na mesma cidade da caça às bruxas de 1692, quando mais de 150 pessoas foram presas e 25 morreram.
O julgamento surgiu a partir do movimento religioso Christian Science (Ciência Cristã), fundado por Mary Baker Eddy, em 1866. Os adeptos da religião acreditavam que o mundo material é uma ilusão e que as doenças são erros mentais, não distúrbios físicos. Por isso, os doentes deviam ser curados por meio de orações e hipnoses.
Daniel Spofford, um veterano da guerra civil americana, aderiu à Ciência Cristã em 1875, e passou a estudar formas de cura metafísica. Logo, ele se tornou um membro importante da comunidade em Massachusetts – praticava seus aprendizados em pessoas doentes e se referia a si mesmo como “Doutor Daniel Spofford”.

Em 1878, uma mulher chamada Lucretia Brown, de 50 anos, que vivia em Ipswich, a cerca de 20 quilômetros de distância de Salem, acusou Spofford de tentar machucá-la usando mesmerismo. Durante a infância, uma lesão na coluna havia deixado Lucretia paralítica, e ela afirmava que estava sendo curada por meio da Ciência Cristã. Após sofrer duas recaídas, em 1877 e 1878, acusou Spofford de prejudicar sua saúde, utilizando seus poderes hipnóticos para o mal.
O julgamento começou em 14 de maio de 1978, e 21 membros da Ciência Cristã testemunharam contra Spofford, incluindo Mary Baker Eddy. Três dias depois, o advogado de Spofford, Amos Noyes, contestou o tribunal, argumentando que a corte não tinha jurisdição no caso. O juiz Horace Gray afirmou que a acusação era vaga e arquivou o caso. A corte decidiu ainda que não estava claro como poderia impedir que Spofford usasse seus poderes, mesmo que ele fosse preso.
O caso ganhou muita atenção da mídia, principalmente dos jornais Boston Globe, Newburyport Herald e Salem Observer, e foi relacionado à caça as bruxas de Salem. O julgamento de Spofford marcou a história como uma das sessões mais bizarras nos tribunais americanos.
Referências:portalconservador.com / aventurasnahistoria
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