quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Há mais de um século, a morte de um famoso já fez o Brasil ter dois carnavais


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Em fevereiro de 1912, o presidente Hermes da Fonseca estava com a popularidade super baixa, enfrentando desgastes por todos os lados, querendo o mínimo de problemas possíveis, muito menos em pleno Carnaval

Foi então que uma bomba caiu em seu colo às vésperas do carnaval: Barão do Rio Branco, Ministro das Relações Exteriores, homem fundamental para o desenho do mapa brasileiro, tinha morrido. Como o país iria seguir pra folia velando o amado Rio Branco?

Depois de muito matutar, Hermes, com apoio de poucos assessores, chegou à conclusão que o desejo popular - na visão dele, claro - era que o carnaval fosse adiado. Não tinha clima. Esquece. Pobre Hermes. Fez os diabos para passar a festa pra abril com a certeza que estava acertando finalmente, que teria o povo, ainda bem, ao seu lado. 
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A turma tava triste, mas não o suficiente para deixar o carnaval pra um segundo tempo. Em fevereiro, pra desgosto do Hermes da Fonseca, o centro do Rio de Janeiro foi tomado pelos foliões. Mesmo sem os desfiles patrocinados pelo governo, a turma tava lá, batendo ponto.

Em abril, não tinha como recuar. O governo teve que honrar com a palavra e o povo honrou com a segunda presença. Festa total. O Marechal Hermes da Fonseca ainda teve que escutar a galhofa e o anseio dos foliões, que cantaram a seguinte marchinha:

"Com a morte do Barão
Tivemos dois carnavá
Ai que bom, ai que gostoso
Se morresse o Marechá”


O “Marechá” estava com a popularidade em baixa. Alguma semelhança com os dias atuais?

Referência: History


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