
O Coliseu de Roma, monumento mais significativo da capital italiana e mais famoso símbolo do Império Romano, vai se tornar um parque arqueológico com anfiteatro integrando-se com outros monumentos históricos
O novo parque arqueológico abrangerá também Anfiteatro Flavio, o Monte Palatino, o Foro Romano e a Domus Aurea (Casa Dourada), e será administrado por um diretor-gerente escolhido através de um concurso internacional. A mudança na administração do Coliseu vem ao encontro do que já fora feito em mais de 30 museus e sítios culturais na Itália.
O ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, disse que o decreto que redesenha a área arqueológica romana será assinado em breve, como parte de uma reforma iniciada em 2014.
“O Parque manterá os funcionários do Coliseu", disse o ministro italiano. "É incontestável que a mudança para museus autônomos na Itália levou a uma melhora em várias áreas, desde o número de visitantes até a qualidade dos serviços. É um percurso lento, mas que está trazendo frutos", comentou o ministro.
Na prática, a Superintendência Arqueológica Especial perderá a gestão do Coliseu, do Monte Palatino e da Domus Aurea, mas incorporará as competências atualmente com a Superintendência Ordinária, que será extinta. Com isso, o órgão se ocupará de todo o território cultural de Roma. A Superintendência Especial, que conservará seu caráter autônomo, inclusive contábil e gerencial, receberá 30% dos lucros obtidos pelos ingressos do Parque do Coliseu, correspondentes a 11 milhões de euros por ano, os quais servirão para tutelar todas as áreas arqueológicas e se unirão a outras verbas fornecidas pelo Estado.
História
Maior e mais famoso símbolo do Império Romano, o Coliseu era um enorme anfiteatro reservado para combates entre gladiadores ou opondo esses guerreiros contra animais selvagens. Suntuoso, era mais confortável do que muitos estádios modernos. Sua construção foi iniciada no ano 72 d.C., por ordem do imperador Flávio Vespasiano, que decidiu erguê-lo no local de um antigo palácio de Nero, seu antecessor no comando do império. As obras levaram oito anos para serem concluídas e, quando tudo ficou pronto, Roma já era governada por Tito, filho de Vespasiano. Para homenagear seu pai, Tito batizou a construção de “Anfiteatro Flaviano”.
Alguns historiadores especulam que o nome Coliseu só apareceria centenas de anos depois, talvez no século 11, e teria surgido inspirado no Colosso de Nero, uma estátua de bronze de 35 metros de altura, que ficava ao lado do anfiteatro.
Os primeiros combates disputados para comemorar a conclusão do Coliseu duraram cerca de 100 dias e se estima que, só nesse período, centenas de gladiadores e cerca de 5 mil animais ferozes tombaram mortos em sua arena de 85 por 53 metros. Os jogos levavam o público ao delírio. Suas arquibancadas, construídas a partir de 3 metros do solo, acomodavam mais de 50 mil pessoas. Um camarote bem próximo à arena era destinado ao imperador de Roma, que era reverenciado pelos gladiadores antes dos espetáculos com uma saudação que se tornaria famosa: “Salve, César! Aqueles que vão morrer te saúdam”.
O anfiteatro, o primeiro permanente erguido em Roma, funcionou como o principal palco de lutas da cidade até o ano 404, quando o imperador Flávio Honório proibiu definitivamente os combates entre gladiadores. Depois disso, o Coliseu teve diversos usos. Chegou a ser empregado como cenário para simulações de batalhas navais, ocasiões em que a área ocupada pela arena era alagada. Durante a Idade Média, o mármore e o bronze de sua estrutura foram sendo saqueados aos poucos e usados para ornamentar igrejas e monumentos católicos. Peças de mármore do anfiteatro foram empregadas até na construção da famosa Basílica de São Pedro, no Vaticano. Já no século 11, quando Roma era dominada por uma família de barões, o Coliseu foi transformado em uma fortaleza, abrigando membros de uma família nobre, os Frangipane, que usaram a edificação para proteger-se em suas batalhas contra grupos rivais.
Hoje, apesar de estar em ruínas – e até sob a ameaça de desabamento – o Coliseu ainda guarda sua majestade. Localizado bem no centro da capital italiana, rodeado por avenidas, ele é considerado o principal sítio arqueológico da cidade e recebe, anualmente, mais de 3 milhões de visitantes, que circulam dentro dele para sentir um pouco o clima do mais grandioso anfiteatro da Antiguidade.
O novo parque arqueológico abrangerá também Anfiteatro Flavio, o Monte Palatino, o Foro Romano e a Domus Aurea (Casa Dourada), e será administrado por um diretor-gerente escolhido através de um concurso internacional. A mudança na administração do Coliseu vem ao encontro do que já fora feito em mais de 30 museus e sítios culturais na Itália.
O ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, disse que o decreto que redesenha a área arqueológica romana será assinado em breve, como parte de uma reforma iniciada em 2014.
“O Parque manterá os funcionários do Coliseu", disse o ministro italiano. "É incontestável que a mudança para museus autônomos na Itália levou a uma melhora em várias áreas, desde o número de visitantes até a qualidade dos serviços. É um percurso lento, mas que está trazendo frutos", comentou o ministro.
Na prática, a Superintendência Arqueológica Especial perderá a gestão do Coliseu, do Monte Palatino e da Domus Aurea, mas incorporará as competências atualmente com a Superintendência Ordinária, que será extinta. Com isso, o órgão se ocupará de todo o território cultural de Roma. A Superintendência Especial, que conservará seu caráter autônomo, inclusive contábil e gerencial, receberá 30% dos lucros obtidos pelos ingressos do Parque do Coliseu, correspondentes a 11 milhões de euros por ano, os quais servirão para tutelar todas as áreas arqueológicas e se unirão a outras verbas fornecidas pelo Estado.
História
Maior e mais famoso símbolo do Império Romano, o Coliseu era um enorme anfiteatro reservado para combates entre gladiadores ou opondo esses guerreiros contra animais selvagens. Suntuoso, era mais confortável do que muitos estádios modernos. Sua construção foi iniciada no ano 72 d.C., por ordem do imperador Flávio Vespasiano, que decidiu erguê-lo no local de um antigo palácio de Nero, seu antecessor no comando do império. As obras levaram oito anos para serem concluídas e, quando tudo ficou pronto, Roma já era governada por Tito, filho de Vespasiano. Para homenagear seu pai, Tito batizou a construção de “Anfiteatro Flaviano”.
Alguns historiadores especulam que o nome Coliseu só apareceria centenas de anos depois, talvez no século 11, e teria surgido inspirado no Colosso de Nero, uma estátua de bronze de 35 metros de altura, que ficava ao lado do anfiteatro.
Os primeiros combates disputados para comemorar a conclusão do Coliseu duraram cerca de 100 dias e se estima que, só nesse período, centenas de gladiadores e cerca de 5 mil animais ferozes tombaram mortos em sua arena de 85 por 53 metros. Os jogos levavam o público ao delírio. Suas arquibancadas, construídas a partir de 3 metros do solo, acomodavam mais de 50 mil pessoas. Um camarote bem próximo à arena era destinado ao imperador de Roma, que era reverenciado pelos gladiadores antes dos espetáculos com uma saudação que se tornaria famosa: “Salve, César! Aqueles que vão morrer te saúdam”.
O anfiteatro, o primeiro permanente erguido em Roma, funcionou como o principal palco de lutas da cidade até o ano 404, quando o imperador Flávio Honório proibiu definitivamente os combates entre gladiadores. Depois disso, o Coliseu teve diversos usos. Chegou a ser empregado como cenário para simulações de batalhas navais, ocasiões em que a área ocupada pela arena era alagada. Durante a Idade Média, o mármore e o bronze de sua estrutura foram sendo saqueados aos poucos e usados para ornamentar igrejas e monumentos católicos. Peças de mármore do anfiteatro foram empregadas até na construção da famosa Basílica de São Pedro, no Vaticano. Já no século 11, quando Roma era dominada por uma família de barões, o Coliseu foi transformado em uma fortaleza, abrigando membros de uma família nobre, os Frangipane, que usaram a edificação para proteger-se em suas batalhas contra grupos rivais.
Hoje, apesar de estar em ruínas – e até sob a ameaça de desabamento – o Coliseu ainda guarda sua majestade. Localizado bem no centro da capital italiana, rodeado por avenidas, ele é considerado o principal sítio arqueológico da cidade e recebe, anualmente, mais de 3 milhões de visitantes, que circulam dentro dele para sentir um pouco o clima do mais grandioso anfiteatro da Antiguidade.
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