
Nus e matrizes de fotomontagens são exemplares únicos e raros, que ressaltam o aspecto da geometria como um dos aspectos mais conhecidos da obra de Athos Bulcão
Os padrões de azulejos estampam as paredes de Brasília e são facilmente reconhecíveis. Em seguida, vêm as máscaras, aqueles rostos de lábios grossos e olhos marcados esculpidos em relevo sobre as telas. É um aviso do apreço do artista pelo carnaval, um sentimento que fica mais forte nos desenhos de figuras surreais entrelaçadas, de brincantes fantasiados de Pierrot e Arlequim e nas pinturas.
Os padrões de azulejos estampam as paredes de Brasília e são facilmente reconhecíveis. Em seguida, vêm as máscaras, aqueles rostos de lábios grossos e olhos marcados esculpidos em relevo sobre as telas. É um aviso do apreço do artista pelo carnaval, um sentimento que fica mais forte nos desenhos de figuras surreais entrelaçadas, de brincantes fantasiados de Pierrot e Arlequim e nas pinturas.
Há nus no meio de toda essa folia, mas eles não são tão explícitos quanto aqueles que o artista realizava no ateliê. Athos gostava de desenhar modelo vivo. E gostava de nus. Não fez muitos, mas o suficiente para despertar a curiosidade para o tema. 
As matrizes ficaram guardadas durante anos com o fotógrafo Carlos Moscovics, que realizou as fotografias finais. Athos não chegou a considerar esse primeiro passo das fotomontagens como obras acabadas, por isso nem fez questão de ficar com os originais. Há seis anos, quando Moscovics morreu, o filho Luís resolveu se desfazer do material.

As matrizes ficaram guardadas durante anos com o fotógrafo Carlos Moscovics, que realizou as fotografias finais. Athos não chegou a considerar esse primeiro passo das fotomontagens como obras acabadas, por isso nem fez questão de ficar com os originais. Há seis anos, quando Moscovics morreu, o filho Luís resolveu se desfazer do material.
Déborah ficou encantada. Conhecia algumas fotomontagens porque havia visto os exemplares em exposição e sempre achou curiosa a maneira como o artista trabalhava. “Na hora que ele colava as imagens, já buscava uma interação entre a imagem e o papel. E criava essa coisa meio onírica, de um sonho”, conta a arquiteta.
Criadas durante a década de 1950, as fotomontagens de Athos conversam com o surrealismo em uma série inusitada de colagens feitas a partir de recortes de revistas da época, colados em um fundo comum. O resultado era fotografado pelo artista logo após o feito.
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