A ilha de formação vulcânica, distante 525 quilômetros de Recife e 350 de Natal, aparece pela primeira vez na história da cartografia mundial no mapa de Piri Reis, datado de 1513, com o nome de Île de Fernand de Lounce.
Muito antes de se tornar fetiche turístico para brasileiros e visitantes internacionais, a ilha localizada nas profundezas abissais do Atlântico, a meio caminho entre a América do Sul e a África, nunca foi a melhor representação do paraíso.
Servindo de base naval americana durante os conflitos da II Guerra Mundial, presídio da ditadura militar pós-golpe de 1964, a hoje jóia da coroa do turismo nacional Fernando de Noronha foi durante décadas sinônimo de isolamento, solidão e dificuldade de toda ordem.

Longe e isolados de tudo e combatendo intempéries de toda ordem, cerca de 500 famílias já viviam na ilha em 1947, nem sonhavam que a ilha se tornaria o que é hoje, recheada de atrações como a Baía do Sancho, praia mais famosa de Fernando de Noronha, vencedora, pelo segundo ano consecutivo, do Travellers’Choice 2015 – prêmio realizado pelo Trip Advisor, um dos maiores sites de viagem do mundo.
Praia do Sancho

Não há como negar, esta é uma das praias mais bonitas da ilha - e do Brasil. Entre os ingredientes que justificam a fama estão a faixa de areia dourada, emoldurada por falésias, a água cristalina, os corais e a rica fauna marinha que você admira flutuando equipado com snorkel. Quem chega por terra vai suspirar ao se deparar, a partir do mirante (foto), com a linda combinação de cores da praia.
Para alcançar a areia, é preciso descer (com cuidado!) por uma escadinha de uma fenda. Se você fizer os passeios básicos de Noronha, certamente vai passar por aqui, de buggy no Ilhatur ou de barco. Mas faça um favor para você mesmo e volte aqui por conta própria, com tempo para desfrutar da praia com mais tranquilidade.
Lenda: “O Tesouro Encantado”

A história contada por um prisioneiro e recolhida por Olavo Dantas, em 1938, fala de um velho estranho, com longas barbas como um monge, que atrairia os incautos para um lugar próximo à sétima cajazeira, onde havia uma cruz formada por duas raízes da árvore e onde se estava escondido um tesouro".
O perigo maior ficava por conta do que aconteceria se alguém se propusesse a cavar junto a essa cruz, formada pelas raízes... Toda a árvore estremeceria, mexendo seus galhos sofregamente, mesmo que não houvesse vento algum. Depois de algum tempo, não só essa árvore estaria em movimento mas o mato ao redor, como se uma violenta tempestade açoitasse a região.
O tesouro resistiu às investidas - se é que ele realmente existe – servindo apenas para causar assombração. Do velho, nem sinal... Tudo o que se sabe é que a região mal-assombrada fica perto da antiga estação de rádio da Marinha.21
Em torno dessa lenda, há um desdobramento inexplicável, no episódio vivido por um ilhéu que, quando criança, que assistiu a procura feita por uma mulher que, vivendo em Natal / RN, sonhou que havia um tesouro encantado em Fernando de Noronha, sonho esse com riqueza de detalhes e de "pistas" para encontrar a riqueza. Com dificuldade ela viajou para a ilha, andou à procura do cenário onde estaria essa riqueza, até identificar o lugar e garantir " - O lugar é esse: estou identificando pelo sonho".
E o pai daquele menino cavou junto a uma árvore, seguindo as ordens da mulher, que dizia: "Conte 15 passos para a direita; agora 8 para a frente. Pronto. É aqui. Pode cavar."até encontrar uma caixa comprida, de ferro, suja pelo tempo e pela terra onde estava escondida. Afirma a "testemunha" daquela insólita procura, que, enquanto seu pai cavava, figurinhas minúsculas de homenzinhos saíam do buraco que se fazia, como se fossem "duendes"...
Bem que o menino avisou: Mas ninguém acreditou. Somente a vidente, que era chegada a crendices e superstições.
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