terça-feira, 27 de setembro de 2016

Lançada hoje no Pelourinho, em Salvador, a revista eletrônica Flor do Dendê


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Aconteceu hoje, 27, a partir das 17h, o lançamento da primeira edição da “Flor de Dendê”, revista eletrônica do projeto homônimo especializado em cultura afro-sertaneja, uma das muitas que tornam a Bahia um celeiro de diversidade

A festa foi realizada no Museu de Arqueologia da Ufba (MAE), situado na Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus, um local que repleto de história e tradições da multifacetada cultura baiana que é o Pelourinho.O projeto, criado pelas jornalistas Cleidiana Ramos, Meire Oliveira, Susana Rebouças e pela designer Ludmila Cunha, vai abordar aspectos dessas culturas que permeiam o litoral e sertões baianos em linguagem multimídia. A revista terá uma tiragem trimestral, mas o portal se manterá diariamente atualizado com conteúdos diversificados como blogs, artigos, podcasts, vídeos e outras linguagens.

“Acreditamos que a Bahia tem uma diversidade étnica e, portanto, uma multiplicidade de culturas impressionante. Mas sabemos tão pouco e, às vezes, a visibilidade esgota-se no que acontece na capital e no recôncavo apenas”, afirma a jornalista Meire Oliveira. Neste primeiro número, a revista traz um conjunto de reportagens buscando desconstruir a ideia disseminada, sobretudo por questões de intolerância religiosa, de que Exu é o mal personalizado.

“Escolhemos começar por esse tema diante da injustiça que é feita a uma cultura extremamente rica e inclusiva como a de vários dos povos africanos que formam a estrutura da herança afro-brasileira. Percebemos o quanto temos que aprender com os mitos ligados a Exu, por exemplo, sobre equilíbrio, movimento e outras questões”, diz Cleidiana Ramos.

Inovação
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O Flor de Dendê nasce também articulado à novidade dos crowdfundings. Sem financiamento tradicional para montar o negócio, o grupo apostou na busca da solidariedade vias redes sociais por meio da plataforma Vakinha (https://www.vakinha.com.br/vaquinha/revista-flor-de-dende) “Quando percebemos, as conversas deram origem a um projeto que a gente tem certeza que é viável, mas não tínhamos capital suficiente. A nossa saída seria adiar para um momento em que tivéssemos condições de investir no projeto ou tentar saídas alternativas como encarar a aventura de pedir a ajuda dos amigos e interessados no que a gente estava querendo oferecer”, conta Ludmila Cunha.

A essa altura, a descoberta da paixão conjunta já não permitia recuar diante da empolgação com o projeto. “Conversando, descobrimos que acumulamos alguma experiência no tratamento desses temas e que podemos passá-la adiante de uma forma leve, apaixonada, mas sobretudo comprometida com a prática do bom jornalismo”, acrescenta. 
A Flor de Dendê ainda se propõe a produzir o conteúdo aproveitando o máximo da era digital, como explica Susana Rebouças. “A gente já começa esse projeto de uma forma inteiramente digital, tanto para as questões ecológicas, quanto para conseguirmos mais dinamismo e interatividade, que é o que as redes nos proporcionam hoje. A revista, o site, os blogs, vão estar todos linkados e cheios de conteúdos interativos para que o leitor faça tudo o que quiser dentro de uma mesma plataforma”.

Fonte: http://www.mae.ufba.br

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