Em seu mais recente documentário, o diretor Patricio Guzmán cria uma espécie de sequência espiritual de seu filme anterior, o premiado “Nostalgia da Luz”. Da paisagem oceânica, é possível recuperar histórias que, apesar de distantes em tempo cronológico, são passíveis de aproximação
Mantendo relações tanto estéticas e estruturais quanto temáticas com seu filme anterior, “O Botão de Pérola” propõe novamente uma relação entre a geografia do Chile e a ditadura de Pinochet, tema mais recorrente de sua obra desde “A Batalha do Chile” (1975).
Desta vez, Guzmán usa a maior fronteira de seu país – o mar – para estabelecer uma conexão do perturbado passado colonial do Chile com a mais recente realidade dos presos políticos da época do Pinochet – histórias ligadas por um elemento comum e arraigadas na água, elemento fundamental da vida humana.
Reconhecimento internacional
Oriundo do Chile, Patricio Guzmán é hoje um dos documentaristas de maior prestígio internacional. Iniciou sua carreira no cinema no final da década de 1960. De orientação política de esquerda, é famoso pelo engajamento em sua obra, que tem como temática mais recorrente o período da ditadura militar no Chile.
Reconhecimento internacional
Oriundo do Chile, Patricio Guzmán é hoje um dos documentaristas de maior prestígio internacional. Iniciou sua carreira no cinema no final da década de 1960. De orientação política de esquerda, é famoso pelo engajamento em sua obra, que tem como temática mais recorrente o período da ditadura militar no Chile.
Seu primeiro trabalho de grande projeção foi “A Batalha do Chile”, em que documenta a tomada do poder pelo general Augusto Pinochet em 1970, que o obrigou a se exilar do país no início da década devido ao apoio ostensivo ao governo de Salvador Allende.
O documentário deu início a uma série de três volumes, e a temática foi retomada recentemente em “Nostalgia da Luz” e “O Botão de Pérola”, que trazem uma renovação estética e uma nova abordagem ao tema em relação ao restante da obra do cineasta.
Com uma filmografia largamente premiada em importantes festivais ao redor do mundo, Guzmán recebeu recentemente o Prêmio Humanidade na 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, pelas questões abordadas em seu último filme, “O Botão de Pérola”.
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