
Após quatro anos de construção, ‘Museu do Amanhã’ abre as portas trazendo tecnologia de primeiro mundo, com projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava e já nasce como símbolo da revitalização da região portuária do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro, que já dispõe de um dos maiores conjuntos de atrações do planeta, ganhou ontem, 17, um edifício branco, de traços arrojados, que se destaca em meio à nova paisagem da Praça Mauá. Sai um espaço que já foi porto para a chegada de escravos e reduto da prostituição e entra o Museu do Amanhã, construído a partir dos traços de uma dos mais laureados arquitetos da contemporaneidade, o espanhol Santiago Calatrava.
Antes que todos os canais de TV tivessem mostrado detalhes do equipamento, pairava no ar um misto de curiosidade e dúvidas, mas nesse dia 17, tudo veio à tona e todos, - a entrada é franca, - poderão conferir as atrações do espaço, bem como curtir o viradão cultural no entorno.
Viagem ao Cosmos

Logo no hall de entrada, contempla-se um globo gigante preso ao teto e enquanto tentamos entender o significado das luzes que o percorrem, alguém explica se tratar das correntes marítimas e climáticas da Terra naquele exato momento. À direita, há uma escada, que nos leva ao Cosmos — esfera negra que nos apresenta imagens sobre a natureza, os seres vivos, as estrelas e as ações do homem, em um domo de 360 graus.
Ao longo do passeio, que é permeado por totens eletrônicos, o visitante pode mapear sua rota com um cartão adquirido na entrada. E, como é muita informação para marinheiros de primeira viagem, na próxima visita ao museu, é só usá-lo novamente que um novo caminho lhe será sugerido
Para retratar tais mudanças, o espaço vai contar com ambientes audiovisuais, instalações interativas e jogos que vão simular desde o aparecimento da matéria ao surgimento do cosmos, passando pela cadeia de DNA e o funcionamento do cérebro humano. Todo esse conjunto de informações servirá para levar o público a examinar o passado, manipular as várias tendências do presente e imaginar futuros possíveis nos próximos 50 anos.
Dentro da nave central do Museu do Amanhã, o conteúdo estará dividido em quatro grandes áreas de exposições permanentes, batizadas de Cosmos, Contexto, Antropoceno e Amanhã. Além delas, o público terá acesso a uma sala de exposições temporária, um centro de referência onde acontecem cursos e palestras, auditório, lojas e cafeteria.
Princípios de sustentabilidade
A importância da sustentabilidade já é ressaltada pelo próprio prédio do Museu do Amanhã. Com 15 mil metros quadrados, o edifício terá uma fachada móvel, com uma estrutura similar a asas, que se movimentarão para melhorar a iluminação do ambiente, além de permitir a sustentação de placas que vão captar energia solar. A água da Baía de Guanabara também será reaproveitada através de um sistema de filtro, permitindo que ela possa climatizar o interior do espaço, além de abastecer o espelho d’água do museu.
O prédio, segundo Calatrava, estará totalmente integrado ao seu entorno. “É um prédio que dialoga com a cidade. Há uma ideia de transformação, uma metáfora de mudança na forma do edifício, que lhe dá a ideia de ser vivente”, afirmou.
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