
Como sua primeira esposa Catarina de Aragão não lhe deu filhos, Henrique VIII tentou junto ao Vaticano, durante quatro exaustivos anos, de 1530 a 1534, a autorização para divorciar-se da infeliz consorte e, não conseguindo, declarou guerra à igreja católica
O papa Clemente VII mostrou-se intransigente em aceitar os rogos do jovem soberano que desejava contrair matrimônio com a bela Ana Bolena. Os tesoureiros da corte calcularam que as despesas com a demanda do soberano orçaram em 100 mil libras, uma fortuna. Henrique VIII, tipo de temperamento explosivo como todo Tudor, resolveu então dar um basta naquilo.
O papa Clemente VII mostrou-se intransigente em aceitar os rogos do jovem soberano que desejava contrair matrimônio com a bela Ana Bolena. Os tesoureiros da corte calcularam que as despesas com a demanda do soberano orçaram em 100 mil libras, uma fortuna. Henrique VIII, tipo de temperamento explosivo como todo Tudor, resolveu então dar um basta naquilo.
Em 1534, fez o Parlamento aprovar o Ato de Supremacia que lhe conferia autoridade absoluta (Supreme Head) para assuntos seculares e religiosos. Repudiou oficialmente Catarina e declarou guerra à Igreja Católica, tornando-se o seu mandatário no seu território.
Confisco
Se, hoje em dia, a maior parte da população inglesa está nos grandes centros urbanos industrializados, na época medieval, as famílias viviam nos campos e cultivavam alimentos para consumo próprio. Nesse período, ao romper com a Igreja de Roma, o rei Henrique VIII confiscou as terras eclesiásticas e as vendeu para os proprietários rurais pertencentes à classe gentry. Assim, com a política de cerceamento, as “terras comuns” passaram a serem usadas para fins particulares, beneficiando os grandes proprietários. Dessa forma, pequenos proprietários foram obrigados a vender seus lotes e os camponeses pobres foram expulsos das “terras comuns” e passaram a trabalhar nas lavouras ou pastagens.
A política de Henrique VII favoreceu o desenvolvimento de um mercado sustentado em bases capitalistas, pois se pensava em pagar o menos possível aos trabalhadores, que vendiam sua força de trabalho por pagamentos ínfimos, para lucrar acima do custo de produção. Esse era o cenário político, social e econômico que envolveu o reinado de Henrique VIII – transformação de um mercado assentado em políticas familiares para a lógica capitalista e conflitos com a Igreja Católica.
Os conflitos com a Igreja Católica
Não satisfeito, foram também confiscados todos os demais bens da Igreja Católica, aí incluídos os monastérios, templos e quaisquer outros bens móveis ou imóveis. Contudo, os motivos que levaram à iminente separação tinham também um viés político. O conflito foi intensificado pelas batalhas travadas entre as marinhas inglesas e espanholas, durante o reinado de sua filha, Elisabeth I. O objetivo era impor a soberania inglesa como potência marítima.
O papa Clemente VII enfrentou as ordens de Henrique VIII, em benefício aos tios de Catarina de Aragão, que prestaram favores à Igreja ao impedirem o avanço dos luteranos no Sacro Império Germânio Romano. Dessa forma, o rei obrigou o Parlamento Inglês a sancionar leis que subordinavam a Igreja ao Estado, criando, em 1534, a Igreja Anglicana.
A ruptura da monarquia inglesa com a Igreja Católica foi assinada no chamado Ato de Supremacia (1534). O documento parlamentar declarava o rei como “o único chefe supremo na Terra da Igreja na Inglaterra” e que a Coroa inglesa goza “todas as honras, dignidades, proeminências, jurisdições, privilégios, autoridades, imunidades, lucros, e comodidades para a referida dignidade”.
Henrique VIII tornou-se, assim, responsável por nomear os cargos eclesiásticos, assumindo o papel de soberano nas medidas do Estado e da Igreja. Casou-se com Ana Bolena, destituiu as terras da Igreja Católica e ampliou as influências da burguesia mercantil inglesa. Apesar de ter combatido o catolicismo, o anglicanismo se aproximava da tradição litúrgica católica.
Para alguns teólogos, o Anglicanismo tem como base uma mistura entre preceitos e concepções católicas ecalvinistas. Por exemplo, ela mantém a figura de um soberano (o Papa ou, no caso, o Henrique VIII), mas permite que os eclesiásticos não se casem.
Henrique VIII usufruiu bem do direito ao divórcio e casou-se 6 vezes. A amante mais famosa foi, sem dúvida, Ana Bolena.
Destino das 6 Esposas do Rei Henrique VIII
Tá fácil pra Kate Middleton! No século XVI, a pressão nas esposas da realeza não eram flashs, mas o risco de acabar com a cabeça num cesto. Saiba que fim levaram as 6 esposas de Henry VIII, o Rei Henrique VIII.
1. Catarina de Aragão – Divorciada
Bodas: 1509
A princesa Espanhola foi casada com Henrique VIII por 18 anos antes de o rei pedir o divórcio por sua “falha em produzir um herdeiro macho”.
Como a igreja Católica não reconheceria sua separação, King Henry VIII acabou emancipando a Igreja Anglicana de Roma, se declarando Supreme Governor of the Church of England no processo.
Catarina de Aragão engravidou 6 vezes, mas só Mary I, que ficou conhecida como Bloody Mary, sobreviveu ao parto para virar rainha e cortar cabeças.
2. Anne Boleyn – Decapitada
Bodas: 1533
Ao invés do herdeiro macho que Henry VIII tanto queria, sua segunda esposa lhe deu outra filha, que mais tarde se tornou a Rainha Elizabeth I.
Odiada por muita gente na corte e depois de mais um herdeiro abortado, Anne acabou sendo a primeira rainha decapitada na Torre de Londres em 1536, acusada de adultério e incesto.
3. Jane Seymour – Morta no parto
Bodas: 1536
A única esposa a dar um filho para Henrique VIII faleceu logo depois de dar à luz. O Principe mais tarde se tornou King Edward VI.
4. Anne de Cleves – Divorciada
Bodas: 1540
Henry VIII decidiu que Anne seria uma esposa aceitável depois de ver uma pintura da moça. A princesa Alemã tinha a metade de sua idade aos 24 anos e não falava uma palavra em Inglês.
Desencantado com a princesa de carne e osso, o divórcio veio em menos de 6 meses depois que Henry VIII passou a investir em uma das moças da corte, Catherine Howard.
5. Catherine Howard – Decapitada
Bodas: 1540
Por coincidência, a quinta esposa era prima de 1º grau da segunda esposa, Anne Boleyn, e acabou da mesma forma – com sua cabeça num cesto na Torre de Londres.
A jovem de 17 anos, que se casou com o rei apenas 3 semanas depois de seu divórcio anterior, foi rainha durante 2 anos antes de ser condenada à pena de morte por traição.
6. Catherine Parr – Viúva
Bodas: 1543
A última esposa de Henry VIII já havia sido casada 2 vezes e amava outro homem na corte, o Barão Thomas Seymour, mas não pode recusar a proposta do rei.
Ao ficar viúva em 1547, Catherine se casou com o Seymour, mas acabou morrendo durante o parto em 1548.
Confisco
Se, hoje em dia, a maior parte da população inglesa está nos grandes centros urbanos industrializados, na época medieval, as famílias viviam nos campos e cultivavam alimentos para consumo próprio. Nesse período, ao romper com a Igreja de Roma, o rei Henrique VIII confiscou as terras eclesiásticas e as vendeu para os proprietários rurais pertencentes à classe gentry. Assim, com a política de cerceamento, as “terras comuns” passaram a serem usadas para fins particulares, beneficiando os grandes proprietários. Dessa forma, pequenos proprietários foram obrigados a vender seus lotes e os camponeses pobres foram expulsos das “terras comuns” e passaram a trabalhar nas lavouras ou pastagens.
A política de Henrique VII favoreceu o desenvolvimento de um mercado sustentado em bases capitalistas, pois se pensava em pagar o menos possível aos trabalhadores, que vendiam sua força de trabalho por pagamentos ínfimos, para lucrar acima do custo de produção. Esse era o cenário político, social e econômico que envolveu o reinado de Henrique VIII – transformação de um mercado assentado em políticas familiares para a lógica capitalista e conflitos com a Igreja Católica.
Os conflitos com a Igreja Católica
Não satisfeito, foram também confiscados todos os demais bens da Igreja Católica, aí incluídos os monastérios, templos e quaisquer outros bens móveis ou imóveis. Contudo, os motivos que levaram à iminente separação tinham também um viés político. O conflito foi intensificado pelas batalhas travadas entre as marinhas inglesas e espanholas, durante o reinado de sua filha, Elisabeth I. O objetivo era impor a soberania inglesa como potência marítima.
O papa Clemente VII enfrentou as ordens de Henrique VIII, em benefício aos tios de Catarina de Aragão, que prestaram favores à Igreja ao impedirem o avanço dos luteranos no Sacro Império Germânio Romano. Dessa forma, o rei obrigou o Parlamento Inglês a sancionar leis que subordinavam a Igreja ao Estado, criando, em 1534, a Igreja Anglicana.
A ruptura da monarquia inglesa com a Igreja Católica foi assinada no chamado Ato de Supremacia (1534). O documento parlamentar declarava o rei como “o único chefe supremo na Terra da Igreja na Inglaterra” e que a Coroa inglesa goza “todas as honras, dignidades, proeminências, jurisdições, privilégios, autoridades, imunidades, lucros, e comodidades para a referida dignidade”.
Henrique VIII tornou-se, assim, responsável por nomear os cargos eclesiásticos, assumindo o papel de soberano nas medidas do Estado e da Igreja. Casou-se com Ana Bolena, destituiu as terras da Igreja Católica e ampliou as influências da burguesia mercantil inglesa. Apesar de ter combatido o catolicismo, o anglicanismo se aproximava da tradição litúrgica católica.
Para alguns teólogos, o Anglicanismo tem como base uma mistura entre preceitos e concepções católicas ecalvinistas. Por exemplo, ela mantém a figura de um soberano (o Papa ou, no caso, o Henrique VIII), mas permite que os eclesiásticos não se casem.
Henrique VIII usufruiu bem do direito ao divórcio e casou-se 6 vezes. A amante mais famosa foi, sem dúvida, Ana Bolena.
Destino das 6 Esposas do Rei Henrique VIII
Tá fácil pra Kate Middleton! No século XVI, a pressão nas esposas da realeza não eram flashs, mas o risco de acabar com a cabeça num cesto. Saiba que fim levaram as 6 esposas de Henry VIII, o Rei Henrique VIII.
1. Catarina de Aragão – Divorciada
Bodas: 1509
A princesa Espanhola foi casada com Henrique VIII por 18 anos antes de o rei pedir o divórcio por sua “falha em produzir um herdeiro macho”.
Como a igreja Católica não reconheceria sua separação, King Henry VIII acabou emancipando a Igreja Anglicana de Roma, se declarando Supreme Governor of the Church of England no processo.
Catarina de Aragão engravidou 6 vezes, mas só Mary I, que ficou conhecida como Bloody Mary, sobreviveu ao parto para virar rainha e cortar cabeças.
2. Anne Boleyn – Decapitada
Bodas: 1533
Ao invés do herdeiro macho que Henry VIII tanto queria, sua segunda esposa lhe deu outra filha, que mais tarde se tornou a Rainha Elizabeth I.
Odiada por muita gente na corte e depois de mais um herdeiro abortado, Anne acabou sendo a primeira rainha decapitada na Torre de Londres em 1536, acusada de adultério e incesto.
3. Jane Seymour – Morta no parto
Bodas: 1536
A única esposa a dar um filho para Henrique VIII faleceu logo depois de dar à luz. O Principe mais tarde se tornou King Edward VI.
4. Anne de Cleves – Divorciada
Bodas: 1540
Henry VIII decidiu que Anne seria uma esposa aceitável depois de ver uma pintura da moça. A princesa Alemã tinha a metade de sua idade aos 24 anos e não falava uma palavra em Inglês.
Desencantado com a princesa de carne e osso, o divórcio veio em menos de 6 meses depois que Henry VIII passou a investir em uma das moças da corte, Catherine Howard.
5. Catherine Howard – Decapitada
Bodas: 1540
Por coincidência, a quinta esposa era prima de 1º grau da segunda esposa, Anne Boleyn, e acabou da mesma forma – com sua cabeça num cesto na Torre de Londres.
A jovem de 17 anos, que se casou com o rei apenas 3 semanas depois de seu divórcio anterior, foi rainha durante 2 anos antes de ser condenada à pena de morte por traição.
6. Catherine Parr – Viúva
Bodas: 1543
A última esposa de Henry VIII já havia sido casada 2 vezes e amava outro homem na corte, o Barão Thomas Seymour, mas não pode recusar a proposta do rei.
Ao ficar viúva em 1547, Catherine se casou com o Seymour, mas acabou morrendo durante o parto em 1548.
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