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Comunidade Borari, da vila balneária de Alter do Chão, em Santarém PA |
“Queríamos promover uma leitura intercultural”, diz Josane Batalha Sobreira da Silva, professora polivalente no Colégio Visconde de Porto Seguro
Seu projeto, Aproximando Culturas por Meio da Tecnologia, confrontou semelhanças e diferenças entre estudantes do quarto ano do ensino fundamental do colégio paulista e da Escola Professor Antônio de Sousa Pedroso (Escola Borari), em uma comunidade indígena da vila Alter do Chão, distrito paraense, a 30 quilômetros de Santarém.
Alunos de seis turmas formularam perguntas relacionadas à escola, moradia, alimentação, meios de transporte, brincadeiras e festas típicas. “Ficamos três semanas trocando perguntas e respostas”, diz Josane.
As perguntas, elaboradas em sala de aula, eram postadas no portal educacional Faceduc, durante as atividades realizadas no laboratório de informática. Além de postar e responder perguntas enviadas pelos alunos da comunidade indígena, os estudantes paulistas tinham de refletir e escrever sobre o que acharam de mais interessante nos comentários postados a cada semana.
Além disso, os professores postaram vídeos e fotos de diferentes locais para permitir a comparação de pontos geográficos, modos de vida e cultura. Foi possível, assim, analisar a situação dos alunos de uma comunidade indígena nos dias atuais e perceber aquela comunidade como “um outro diferente, mas não inferior”, enfatiza a professora.
Os estudantes pesquisaram sobre a vila Alter do Chão para conhecer um pouco mais sobre o lugar, localizaram a comunidade indígena no mapa, conheceram o cotidiano das crianças e compararam a forma de vida dos indígenas de antigamente com a de hoje.
“Os alunos puderam perceber o cuidado que as crianças indígenas têm com a natureza, tirando dela apenas o que necessitam para seu sustento”, ressalta a professora. Os estudantes paulistas também aprenderam sobre o nheengatu, língua da família linguística do tupi-guarani, falada pela comunidade de Alter do Chão.
Livro
As reflexões sobre o que cada um aprendeu a respeito dos temas trabalhados foram registradas em um livro, criado no Faceduc. “Ao ler os relatos, percebemos que essa troca pode estabelecer correlações entre o conteúdo estudado em história e geografia e a realidade”, analisa a professora.
O trabalho foi finalizado com uma videoconferência. Por meio do skype, os alunos puderam se conhecer em tempo real, conversar e finalizar o trabalho. “Foi um momento mais que especial”, diz Josane.
Prêmio
A inclusão do projeto entre os finalistas da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, voltada para escolas públicas e particulares, deixou Josane emocionada.
“Sempre acreditei na tecnologia como algo que oferece ao aluno um espaço de interação e conhecimento, que possibilita uma diversidade de caminhos para a melhoria do ensino-aprendizagem”, ressalta. Ela pretende dar continuidade ao projeto este ano, com mudanças e ampliação. “Estamos trabalhando nas adaptações, desenhando as mudanças e acrescentando ideias.”
Professora há 18 anos, Josane é graduada em pedagogia e em psicopedagogia, com pós-graduação em relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral. Tem ainda especialização em ética, valores e saúde na escola.
Fonte: EBC
Alunos de seis turmas formularam perguntas relacionadas à escola, moradia, alimentação, meios de transporte, brincadeiras e festas típicas. “Ficamos três semanas trocando perguntas e respostas”, diz Josane.
As perguntas, elaboradas em sala de aula, eram postadas no portal educacional Faceduc, durante as atividades realizadas no laboratório de informática. Além de postar e responder perguntas enviadas pelos alunos da comunidade indígena, os estudantes paulistas tinham de refletir e escrever sobre o que acharam de mais interessante nos comentários postados a cada semana.
Além disso, os professores postaram vídeos e fotos de diferentes locais para permitir a comparação de pontos geográficos, modos de vida e cultura. Foi possível, assim, analisar a situação dos alunos de uma comunidade indígena nos dias atuais e perceber aquela comunidade como “um outro diferente, mas não inferior”, enfatiza a professora.
Os estudantes pesquisaram sobre a vila Alter do Chão para conhecer um pouco mais sobre o lugar, localizaram a comunidade indígena no mapa, conheceram o cotidiano das crianças e compararam a forma de vida dos indígenas de antigamente com a de hoje.
“Os alunos puderam perceber o cuidado que as crianças indígenas têm com a natureza, tirando dela apenas o que necessitam para seu sustento”, ressalta a professora. Os estudantes paulistas também aprenderam sobre o nheengatu, língua da família linguística do tupi-guarani, falada pela comunidade de Alter do Chão.
Livro
As reflexões sobre o que cada um aprendeu a respeito dos temas trabalhados foram registradas em um livro, criado no Faceduc. “Ao ler os relatos, percebemos que essa troca pode estabelecer correlações entre o conteúdo estudado em história e geografia e a realidade”, analisa a professora.
O trabalho foi finalizado com uma videoconferência. Por meio do skype, os alunos puderam se conhecer em tempo real, conversar e finalizar o trabalho. “Foi um momento mais que especial”, diz Josane.
Prêmio
A inclusão do projeto entre os finalistas da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, voltada para escolas públicas e particulares, deixou Josane emocionada.
“Sempre acreditei na tecnologia como algo que oferece ao aluno um espaço de interação e conhecimento, que possibilita uma diversidade de caminhos para a melhoria do ensino-aprendizagem”, ressalta. Ela pretende dar continuidade ao projeto este ano, com mudanças e ampliação. “Estamos trabalhando nas adaptações, desenhando as mudanças e acrescentando ideias.”
Professora há 18 anos, Josane é graduada em pedagogia e em psicopedagogia, com pós-graduação em relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral. Tem ainda especialização em ética, valores e saúde na escola.
Fonte: EBC
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