
Para tanto, os frades aceitaram a oferta de um senhor de engenho, Marcos André, que doou 56 braças de terra para a edificação de um convento, na ilha dos Navios. Posteriormente, tal ilha foi chamada de Antônio Vaz, em homenagem a um português que, até o ano de 1605, exerceu no Recife as funções de "Porteiro da Alfândega do Recife" e de "Juiz das Execuções"
Joia de Ipojuca
Engenhos centenários, construções de arquitetura única e pitadas de história. Mais do que praias paradisíacas de águas mornas, o município pernambucano de Ipojuca abriga parte da história do Brasil. Sua arquitetura serviu de modelo para outros conventos nordestinos. Lá se encontram os restos mortais do primeiro franciscano que viveu no país, frei Gaspar de Santo Antonio, falecido em 1635.
Em 1639, os holandeses prenderam, expulsaram e deportaram os franciscanos, ocupando o convento e instalando ali um quartel. Seis anos depois, os invasores sofreram a primeira derrota em Pernambuco e o convento, de quartel, passou a servir de prisão. Mais tarde, virou referência histórica.
Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1937, o Convento é o único no país a possuir uma imagem de Jesus crucificado com as mãos para o alto, em uma cruz sem emendas. A imagem, única nessa formatação, encontra-se na Igreja de Santo Cristo, inaugurada em 1663, junto ao convento. Durante décadas, o lugar teve grande importância religiosa, tendo sido alvo de inúmeras romarias, tornando-se um grande marco no povoamento do município do Ipojuca.
Entre as igrejas centenárias da região estão a de São Miguel de Ipojuca, construída no século 19, em estilo colonial; Nossa Senhora do Ó, de 1906, em estilo barroco, e as ruínas da Igreja de Maracaípe, erguida por um só morador, em 1854. A visita ao Convento de Santo Antonio e a essas igrejas do município faz parte do roteiro turístico recomendado pela Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG).
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