terça-feira, 6 de maio de 2014

"Carlos, o Chacal", o lendário terrorista de origem venezuelana, cuja história de crimes já rendeu ao menos dois bons filmes



O terrorista venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como "Carlos, o Chacal", um dos mais lendários terroristas da História Contemporânea, teve a pena de prisão perpétua confirmada em 2013, a mesma que lhe foi imposta em dezembro de 2011

Carlos Chacal é conhecido como um dos mais lendários terroristas da História Contemporânea. A ousadia de suas ações terroristas seria explicada por uma série de mitos e lendas que tentam fazer do criminoso um tipo de indivíduo sádico e inescrupuloso. No entanto, sua trajetória começa na Venezuela, país de origem do afamado terrorista.

Seu verdadeiro nome é Ilich Ramirez Sánchez, nome escolhido pelos pais comunistas que admiravam o revolucionário russo Vladmir Ilich Lênin. Ao contrário do que noticiavam alguns órgãos de imprensa, Ilich não se envolveu com atividades terroristas desde sua adolescência. De acordo com o relato de alguns colegas de escola, Ilich era um jovem calado e sem muita presença.

A primeira mudança que faria de Ilich um temido terrorista foi tomada pelo pai, que decidiu enviá-lo à Universidade Patrice Lumumba (Rússia) para estudar engenharia. Durante os anos em Moscou, Ilich e o irmão organizaram um grupo de estudantes venezuelanos que acumulariam todo conhecimento possível para apoiar o líder esquerdista Douglas Bravo.

Entre outras ações empreendidas pelo grupo revolucionário, organizou-se um treinamento de guerra no Oriente Médio que seria realizado nas férias de 1970. Devido à facilidade de Ilich em falar diferentes línguas, ele foi escolhido para obter conhecimento bélico-militar junto aos integrantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). O grupo defendia que os palestinos poderiam se opor à presença judaica no Oriente Médio por meio da ação terrorista.

Em pouco tempo, Ilich simpatizou-se à causa anti-sionista. Em contrapartida, os terroristas palestinos também ficaram atraídos pela inteligência do “intercambista revolucionário”. A ausência de traços árabes fazia de Ilich um agente discreto que poderia atravessar as alfândegas a serviço dos terroristas palestinos. Depois de uma temporada de treinamento, Ilich foi recrutado para assassinar o embaixador jordaniano Zaid Rifai.

Apesar de várias incursões no mundo dos atentados, a sua fama de terrorista internacional só aconteceu com o famoso caso da Rua Toullier. No mês de fevereiro de 1975, Michel Moukharbel, um dos líderes da FPLP, foi preso e interrogado pelas autoridades francesas. Durante seu depoimento, disse que viajava a negócios com o objetivo de se encontrar com Carlos. Ao ser procurado pelas autoridades, o Chacal teve a ousadia de assassinar três policias que o procuraram e o próprio Moukharbel.

Ao longo das décadas seguintes, o Chacal foi dado como morto, culpado de outros atentados terroristas. Foi até que, em dezembro de 1997, o serviço secreto francês conseguiu prendê-lo na cidade de Taiff, na Arábia Saudita. Depois de preso, passou por um processo judicial que o condenou à prisão perpétua. No ano de 2001 casou-se com a advogada Isabelle Coutant-Peyre, mas ainda segue cumprindo pena.

Filmes

A trajetória de crimes do Chacal, rendeu ao menos dois filmes que mostraram nas telonas a frieza e a forma metódica com que o terrorista arquitetava as suas ações. O primeiro e mais importante deles foi rodado em 1973 e, baseado no best-seller de Frederick Forsyth, "O Dia do Chacal”, conta a história do frio e calmo assassino profissional contratado para matar o general Charles de Gaulle. Sem nome e sem rosto, conhecido apenas pelo codinome Chacal (Edward Fox), ele planeja sem remorsos o dia em que a morte do General vai chocar o mundo inteiro. A tensão aumenta, quando os metódicos preparativos do Chacal ocorrem paralelamente aos esforços da polícia em desvendar o mistério, dando ao filme um suspense ininterrupto.

Em 1997, os produtores reuniram um time de atores famosos com a intenção de realizar um remake do grande filme de 1973. Desta feita, o famoso terrorista e assassino (Bruce Willis) é contratado assassinar ninguém menos que a primeira dama dos Estados Unidos da América. Os órgãos de segurança americanos descobrem que algo está acontecendo, mas se equivocam quanto vítima e começam a proteger a pessoa errada. No entanto, existe um membro preso do IRA (Richard Gere) que é a única pessoa viva que conhece o rosto do Chacal e tem motivos particulares para ajudar na perseguição. Além de Bruce Willis e Richard Gere, nomes como Sdney Poitier e Jack Black fazem parte do elenco.

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