quinta-feira, 24 de abril de 2014

Rei do Filet: fazendo com arte há 100 anos o melhor filet mignon do Brasil



O restaurante que oferece, disparado, o melhor filet mignon do Brasil vai completar 100 anos de existência em 2014. De estilo simples, mesas sem luxo e garçons discretos, o Filé do Moraes ou Rei do Filet, como passou a ser conhecido nos últimos anos, oferece 16 tipos de filé que chamam a atenção pelo sabor, quantidade e qualidade

O segredo de todo sucesso é o tempero e o corte da carne, ambos guardados a sete chaves pelos proprietários. A história do Rei do Filet começou em 1914, quando ele abriu as portas pela primeira vez ainda com o nome de Esplanadinha, uma pequena lanchonete instalada na rua Conselheiro Crispiniano, no centro da cidade.Instalados em dois endereços em São Paulo, na praça Júlio Mesquita, entre a avenida São João e a rua Barão de Limeira, e também na alameda Santos, paralela à avenida Paulista, os restaurantes recebem fregueses de muitos anos, acostumados a apreciar pratos que se tornam inesquecíveis, e também os mais jovens, atraídos pela fama do lugar.

Ainda em 1914, a lanchonete evoluiu, mudou-se para a praça Júlio de Mesquita e virou o Bar, Café e Confeitaria Morais. Mais alguns meses e ampliou os serviços e se transformou no famosíssimo Restaurante do Morais, às vezes escrito com "i" e outras vezes com "e". A marca registrada "Rei do Filet", segundo os donos, surgiu como uma imposição dos próprios clientes.

Carne com Sabor

Ao longo dos seus 100 anos de tradição e comida de qualidade, o restaurante recebeu figuras históricas de todos os setores da vida brasileira. Políticos, artistas, esportistas, diplomatas, executivos, comerciantes e pessoas comuns passam por suas mesas todos os dias e escolhem um dos 16 tipos de filés oferecidos, mais as guarnições que variam do arroz primavera à farofa, passando pelo alho e óleo, e as saladas.

O filet é servido em dois tamanhos, o maior com 490 gramas, e o mini filet com 240 gramas. A carne alta, macia e de paladar agradável é levada à mesa em 15 ou 20 minutos, sempre na temperatura certa. Na relação dos mais pedidos estão o filet à moda, com alho, óleo e fritas e o com brócolis. Entre as saladas, a de agrião é a mais procurada.

Há três opções na hora da escolha, o filé bem passado, o mal passado e o ao ponto. A maioria dos clientes fica com o "ao ponto". É uma decisão importante e, para quem está indo ao restaurante pela primeira vez, vale a pena consultar o garçom para saber as diferenças entre um tipo e outro. Em qualquer um deles, no entanto, a carne é gostosa, tem sabor.

O ambiente da casa na praça Júlio Mesquita pede ao cliente um olhar mais atento sobre o lugar, as mesas, as cadeiras e o estilo dos garçons, quase todos acima dos 50 anos de idade. E para quem tem imaginação fértil, não é difícil lembrar que décadas atrás, Adoniram Barbosa sentava-se naquele mesmo lugar para compor "Trem das Onze" e outros sucessos, enquanto saboreava um bem nutrido filé de 500 gramas.

A bebida para acompanhar é naturalmente o chope geladíssimo, mas há outras opções com cervejas em garrafa. O chope é bem tirado e custa R$ 7 a tulipa de 300 ml. A Original de 600 ml fica por R$ 9,50. Os sucos naturais são vendidos a R$ 5,50 e os refrigerantes a R$ 4,50.

Os filés de 490 gramas variam entre R$ 86,10, o Châteaubriant, e R$ 109,10, o de brócolis alho e óleo, um dos mais pedidos. Os mini filés, com 240 gramas, vão de R$ 53,70 a R$ 86,80 que inclui palmito tipo exportação. São preços que, apesar de acima da média, são razoáveis, justos e equiparados a restaurantes de bom nível nos bairros de São Paulo.

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