Quando Imre Kertész lançou 'História Policial' em 1977, a Hungria vivia sob uma cruel ditadura e, para que seu livro não fosse proibido e o autor sofresse as sanções do regime de exceção, ele ambientou a sua história em um imaginário país da América do Sul
Imre Kertész nasceu na cidade de Budapeste, em 1929. Descendente de judeus, foi prisioneiro em Auschwitz e Buchenwald. Trabalhou como jornalista e tradutor antes de publicar seu primeiro romance, Sem destino. Também é autor de Kadish por uma criança não nascida,Liquidação e A língua exilada. Em 2002 foi agraciado com o Prêmio Nobel de literatura “por uma escrita que encoraja a frágil experiência do indivíduo contra a bárbara arbitrariedade da história”.
Imre Kertész nasceu na cidade de Budapeste, em 1929. Descendente de judeus, foi prisioneiro em Auschwitz e Buchenwald. Trabalhou como jornalista e tradutor antes de publicar seu primeiro romance, Sem destino. Também é autor de Kadish por uma criança não nascida,Liquidação e A língua exilada. Em 2002 foi agraciado com o Prêmio Nobel de literatura “por uma escrita que encoraja a frágil experiência do indivíduo contra a bárbara arbitrariedade da história”.
Em História policial, o escritor húngaro Imre Kertész, laureado com o Nobel de literatura em 2002, conta a trajetória de um pai e seu filho nos subterrâneos de uma ditadura latino-americana. Os acontecimentos são narrados pelo ex-torturador Antonio Martens, que escreve suas memórias dentro da prisão, e por fragmentos do diário de Enrique Salinas, jovem rico e idealista barbaramente torturado pelo regime. Um alerta para o perigo da indiferença e da inércia diante da barbárie.
A narrativa
Ex-torturador preso pelos crimes cometidos quando atuava nas forças de repressão, o narrador do livro, Antonio Martens, escancara em suas memórias a lógica do sistema, e faz isso da cadeia onde está detido.
Dentre as memórias de crueldade, há a história de Federico e Enrique Salinas, pai e filho, ricos comerciantes locais, presos e torturados pela equipe de Martens. Enrique é um jovem idealista. Inconformado com a ditadura que se instalara no país ele decide que não pode ser complacente com o que acontece à sua volta e que precisa agir - para desespero de eu pai.
Já Martens é um desajustado. Policial comum até se transferir para o núcleo de combate à resistência ao governo, passa a sofrer com dores de cabeça periódicas que parecem relacionas às suas dúvidas morais. Um monstro arrependido ou apenas um homem simples que, enredado numa ordem burocrática, de repente se dá conta de “onde estava e com o que havia se comprometido”?
A narrativa
Ex-torturador preso pelos crimes cometidos quando atuava nas forças de repressão, o narrador do livro, Antonio Martens, escancara em suas memórias a lógica do sistema, e faz isso da cadeia onde está detido.
Dentre as memórias de crueldade, há a história de Federico e Enrique Salinas, pai e filho, ricos comerciantes locais, presos e torturados pela equipe de Martens. Enrique é um jovem idealista. Inconformado com a ditadura que se instalara no país ele decide que não pode ser complacente com o que acontece à sua volta e que precisa agir - para desespero de eu pai.
Já Martens é um desajustado. Policial comum até se transferir para o núcleo de combate à resistência ao governo, passa a sofrer com dores de cabeça periódicas que parecem relacionas às suas dúvidas morais. Um monstro arrependido ou apenas um homem simples que, enredado numa ordem burocrática, de repente se dá conta de “onde estava e com o que havia se comprometido”?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será publicado após análise.
Obrigado!