Sinais dos tempos. Numa época em que em que muita gente se rende a produções menores como Django livre , o pastiche que Tarantino impingiu ao mundo como um western, ver ou rever a obra de John Ford é no mínimo elucidador
Hoje, esses filmes quase não são exibidos e as oportunidades de conhecer o talento do diretor são cada vez mais raras. Na tentativa de suprir essa lacuna, o Cine Sesc Palladium exibe, de 4 a 19 de abril, a mostra O Múltiplo John Ford, com oito obras. O destaque, como não poderia deixar de ser, fica para os três dos mais emblemáticos westerns da trajetória de Ford: No tempo das diligências (1939), Rastros de ódio (1956) e O homem que matou o facínora (1962).
Hoje, esses filmes quase não são exibidos e as oportunidades de conhecer o talento do diretor são cada vez mais raras. Na tentativa de suprir essa lacuna, o Cine Sesc Palladium exibe, de 4 a 19 de abril, a mostra O Múltiplo John Ford, com oito obras. O destaque, como não poderia deixar de ser, fica para os três dos mais emblemáticos westerns da trajetória de Ford: No tempo das diligências (1939), Rastros de ódio (1956) e O homem que matou o facínora (1962).
O diretor norte-americano John Ford conseguiu como ninguém fazer uma leitura visceral e emocionante dos Estados Unidos no século 19, em especial da colonização dos territórios do Oeste. Com uma visão épica dos embates entre pioneiros e indígenas, criminosos e heróis, Norte e Sul, Ford deixou uma filmografia extensa e recheada de clássicos.
Nos três, a presença marcante do astro favorito de Ford, John Wayne, que encarnou à perfeição o herói idealizado pelo diretor, o cowboy íntegro e solitário em busca de justiça (e muitas vezes, vingança) a qualquer preço. Rastros de ódio é, sob todos os aspectos, a obra-prima do diretor. Para muitos, o maior western de todos os tempos e um dos mais belos filmes já feitos em Hollywood. A direção é simplesmente perfeita.
Há alguns anos, em uma das maiores idiotices politicamente corretas que costumam circular pelo mundo, John Ford e Rastros de ódio chegaram a ser acusados de racismo, por oferecer uma pretensa visão negativa dos índios. Mas os defensores da obra-prima foram contundentes e a tentativa de rotular o diretor e o filme não avançou, embora tenha gerado polêmica e proporcionado alguns segundos de celebridade aos detratores de Ford.
Numa época em que em que muita gente se rende a produções menores como Django livre , o pastiche que Tarantino impingiu ao mundo como um western, ver ou rever a obra de John Ford é no mínimo elucidador. Mesmo explorando ao máximo a temática do faroeste, o diretor não se repete. Prova disso é O homem que matou o facínora , filmado em p&b e que tem no elenco, além de John Wayne, James Stewart, Vera Miles e Lee Marvin. É uma obra outonal, que mostra a transição entre o poder exercido pelas armas e o poder exercido pela lei, pelo direito.
Para além do conflito entre brancos e índios, cowboys e ladrões de gado, a mostra do Sesc Palladium tem como atrações As vinhas da ira, inspirada no livro de John Steinbeck, que retrata a situação de uma família de trabalhadores rurais durante a Grande Depressão de 1929, e Médico e amante .
Confira abaixo a programação completa. Os filmes serão exibidos sempre às 19h, a entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados uma hora antes do início da sessão.
4 e 14/4
O Homem que matou o Facínora (1962)
5 e 17/4
No tempo das diligências (1939)
6 e 18/4
Rastros de Ódio (1956)
7/4
A mocidade de Lincoln (1939)
10/4
Juiz Priest (1934)
11/4
Prisioneiro da ilha dos tubarões (1936)
12 e 19/4
Vinhas da ira (1940)
13/4
Médico e amante (1931)
(Álvaro Fraga)
Nos três, a presença marcante do astro favorito de Ford, John Wayne, que encarnou à perfeição o herói idealizado pelo diretor, o cowboy íntegro e solitário em busca de justiça (e muitas vezes, vingança) a qualquer preço. Rastros de ódio é, sob todos os aspectos, a obra-prima do diretor. Para muitos, o maior western de todos os tempos e um dos mais belos filmes já feitos em Hollywood. A direção é simplesmente perfeita.
Há alguns anos, em uma das maiores idiotices politicamente corretas que costumam circular pelo mundo, John Ford e Rastros de ódio chegaram a ser acusados de racismo, por oferecer uma pretensa visão negativa dos índios. Mas os defensores da obra-prima foram contundentes e a tentativa de rotular o diretor e o filme não avançou, embora tenha gerado polêmica e proporcionado alguns segundos de celebridade aos detratores de Ford.
Numa época em que em que muita gente se rende a produções menores como Django livre , o pastiche que Tarantino impingiu ao mundo como um western, ver ou rever a obra de John Ford é no mínimo elucidador. Mesmo explorando ao máximo a temática do faroeste, o diretor não se repete. Prova disso é O homem que matou o facínora , filmado em p&b e que tem no elenco, além de John Wayne, James Stewart, Vera Miles e Lee Marvin. É uma obra outonal, que mostra a transição entre o poder exercido pelas armas e o poder exercido pela lei, pelo direito.
Para além do conflito entre brancos e índios, cowboys e ladrões de gado, a mostra do Sesc Palladium tem como atrações As vinhas da ira, inspirada no livro de John Steinbeck, que retrata a situação de uma família de trabalhadores rurais durante a Grande Depressão de 1929, e Médico e amante .
Confira abaixo a programação completa. Os filmes serão exibidos sempre às 19h, a entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados uma hora antes do início da sessão.
4 e 14/4
O Homem que matou o Facínora (1962)
5 e 17/4
No tempo das diligências (1939)
6 e 18/4
Rastros de Ódio (1956)
7/4
A mocidade de Lincoln (1939)
10/4
Juiz Priest (1934)
11/4
Prisioneiro da ilha dos tubarões (1936)
12 e 19/4
Vinhas da ira (1940)
13/4
Médico e amante (1931)
(Álvaro Fraga)
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