Há 50 anos em cima do trio elétrico, Armando Macêdo, o Armandinho, já viu muita coisa no Carnaval de Salvador. Ele é da época em que não existia cantor de trio: "a voz era a guitarra baiana", lembrou ele, mas não em tom nostálgicos afinal, ele completa, este ano, jubileu de ouro em uma carreira ininterrupta, acompanhando ativamente as mudanças na folia e na música baiana
Armandinho não para, mesmo. Aproveitou a efeméride para fazer uma série de shows pré-Carnaval no tradicional e hoje revitalizado Clube Fantoches, em Salvador, e está preparando várias surpresas para a folia 2014, quando trará convidados-surpresa para o trio elétrico Armandinho, Dodô e Osmar – q sai sem cordas, puxando a pipoca.E de uma posição privilegiada: além de ser um guitarrista virtuose, ex - A Cor do Som e dono de sua própria musicalidade, ele é filho de Osmar Macêdo, o homem que eletrificou o Carnaval da Bahia, lavrando, com Dodô, o trio elétrico e a guitarra baiana – artefato que completou 50 anos em 2013.
Convidados, esses, que ele não quer revelar de jeito nenhum: "não tem isso de convidado no trio especial, não... Eles vão surgindo", desconversou. "Aí aparece o Caetano, o Chico César... De repente a gente passa na porta de um camarote como o Expresso 2222 (de Gilberto e Flora Gil) e desce alguém de lá para subir no trio...", Armandinho deu a dica, para despistar mais uma vez: "os convidados famosos e ilustres aparecem na hora, é no imprevisto, mesmo".
O trio é puxado pela banda constituída por ele com os irmãos, Betinho, Aroldo e André Macedo, e que, este ano, completa 40 anos. Sairá no circuito que leva o nome do pai dele, circuito Osmar (Campo Grande), no sábado de Carnaval, às 17h, e no domingo, segunda e terça, no circuito Dodô, às 19h, 20h e 21h, respectivamente.
E, ao longo do ano, seguem as comemorações: Armandinho vai lançar um CD mezzo revisão de carreira, mezzo plataforma de inéditas; finalizar o processo de gravação do DVD Sinfonia Afro – Guitarra Baiana; e ainda fazer um show de homenagem aos 100 anos de Dorival Caymmi, que vai se chamar Armandinho Toca Caymmi.
"Eu sou axé music"
Armandinho não para, mesmo. Aproveitou a efeméride para fazer uma série de shows pré-Carnaval no tradicional e hoje revitalizado Clube Fantoches, em Salvador, e está preparando várias surpresas para a folia 2014, quando trará convidados-surpresa para o trio elétrico Armandinho, Dodô e Osmar – q sai sem cordas, puxando a pipoca.E de uma posição privilegiada: além de ser um guitarrista virtuose, ex - A Cor do Som e dono de sua própria musicalidade, ele é filho de Osmar Macêdo, o homem que eletrificou o Carnaval da Bahia, lavrando, com Dodô, o trio elétrico e a guitarra baiana – artefato que completou 50 anos em 2013.
Convidados, esses, que ele não quer revelar de jeito nenhum: "não tem isso de convidado no trio especial, não... Eles vão surgindo", desconversou. "Aí aparece o Caetano, o Chico César... De repente a gente passa na porta de um camarote como o Expresso 2222 (de Gilberto e Flora Gil) e desce alguém de lá para subir no trio...", Armandinho deu a dica, para despistar mais uma vez: "os convidados famosos e ilustres aparecem na hora, é no imprevisto, mesmo".
O trio é puxado pela banda constituída por ele com os irmãos, Betinho, Aroldo e André Macedo, e que, este ano, completa 40 anos. Sairá no circuito que leva o nome do pai dele, circuito Osmar (Campo Grande), no sábado de Carnaval, às 17h, e no domingo, segunda e terça, no circuito Dodô, às 19h, 20h e 21h, respectivamente.
E, ao longo do ano, seguem as comemorações: Armandinho vai lançar um CD mezzo revisão de carreira, mezzo plataforma de inéditas; finalizar o processo de gravação do DVD Sinfonia Afro – Guitarra Baiana; e ainda fazer um show de homenagem aos 100 anos de Dorival Caymmi, que vai se chamar Armandinho Toca Caymmi.
"Eu sou axé music"
"Cinquenta anos é uma história de vida", suspirou Armandinho, em entrevista concedida aoTerra, momentos antes de subir ao palco para mais um show Armandinho 50 Carnavais, que, dessa vez, trazia como convidados Fafá de Belém, Carlinhos Brown, entre outros.
"Comecei com 10 anos no trio, como solista mirim em 1964. Era o condutor melódico do trio, até chegar o primeiro cantor a puxar o Carnaval elétrico, que foi o Moraes Moreira. Muita coisa de lá pra cá se transformou, mas até hoje, lá em cima, faço uma música instrumental para duas cantadas, sem perder o embalo da festa", orgulhou-se.
Entre outras mudanças na folia, está o advento da Axé Music, que, desde 1985, vem redefinindo a face da música baiana. Diante dos sinais de uma possível exaustão do modelo de negócio que o axé instaurou no mercado baiano e nacional, e da consequente morte anunciada da música baiana de Carnaval, Armandinho é cético: "se a música baiana não estivesse forte, não estaria no Festival de Verão e os blocos não estariam vendendo abadá. É simples assim".
"Não vejo isso como estar em alta ou em baixa", continuou. "O mercado tem ondas, é certo que o axé imperou nacionalmente por um tempo, mas os artistas continuam grandes, Ivete e Claudinha estão com os blocos lotados, o Chiclete continua arrastando multidões... Eu não entendo o que é estar em baixa, assim, dessa forma", sentenciou.
E, diferente do que pensam os puristas – que classificam como axé apenas aquilo que veio depois da segunda metade da década de 80 –, Armandinho também se inclui no rol da música contemporânea de Carnaval da Bahia. "Eu quero é saber onde começa e acaba o axé. Porque não é só um ritmo, é um movimento. No Sul do Brasil, por exemplo, eu sou axé music. E eu acho que o axé começa quando Moraes Moreira introduz o afoxé e o ijexá na música baiana. Depois eu gravei Zanzibar, com a mesma pegada, veio Luiz Caldas, colocou fermento, e o jornalista Hagamenon Brito, brincando falou 'axé music' e o nome colou... O axé virou sinônimo de música baiana, e eu sou música baiana".
Projetos
"Comecei com 10 anos no trio, como solista mirim em 1964. Era o condutor melódico do trio, até chegar o primeiro cantor a puxar o Carnaval elétrico, que foi o Moraes Moreira. Muita coisa de lá pra cá se transformou, mas até hoje, lá em cima, faço uma música instrumental para duas cantadas, sem perder o embalo da festa", orgulhou-se.
Entre outras mudanças na folia, está o advento da Axé Music, que, desde 1985, vem redefinindo a face da música baiana. Diante dos sinais de uma possível exaustão do modelo de negócio que o axé instaurou no mercado baiano e nacional, e da consequente morte anunciada da música baiana de Carnaval, Armandinho é cético: "se a música baiana não estivesse forte, não estaria no Festival de Verão e os blocos não estariam vendendo abadá. É simples assim".
"Não vejo isso como estar em alta ou em baixa", continuou. "O mercado tem ondas, é certo que o axé imperou nacionalmente por um tempo, mas os artistas continuam grandes, Ivete e Claudinha estão com os blocos lotados, o Chiclete continua arrastando multidões... Eu não entendo o que é estar em baixa, assim, dessa forma", sentenciou.
E, diferente do que pensam os puristas – que classificam como axé apenas aquilo que veio depois da segunda metade da década de 80 –, Armandinho também se inclui no rol da música contemporânea de Carnaval da Bahia. "Eu quero é saber onde começa e acaba o axé. Porque não é só um ritmo, é um movimento. No Sul do Brasil, por exemplo, eu sou axé music. E eu acho que o axé começa quando Moraes Moreira introduz o afoxé e o ijexá na música baiana. Depois eu gravei Zanzibar, com a mesma pegada, veio Luiz Caldas, colocou fermento, e o jornalista Hagamenon Brito, brincando falou 'axé music' e o nome colou... O axé virou sinônimo de música baiana, e eu sou música baiana".
Projetos
Em cima da hora do show, Armandinho está quase pedindo para finalizar o papo, quando uma pergunta o entusiasma: o que ele está fabricando para depois do Carnaval? "Vou lançar em abril, pela Biscoito Fino, o CD Guitarra Baiana. Será um apanhado de músicas do meu primeiro disco, até inéditas e variações de músicas suaves, de artistas como Paul McCartney... Dei uma volta, mostrando várias vertentes da guitarra baiana", afirmou ele, que produziu o álbum, entregando a direção musical ao (cada vez mais requisitado) músico, arranjador e produtor Yacoce Simões.
Outro projeto no prelo é o DVD Sinfonia Afro – Guitarra Baiana, para o qual Armandinho convidou um 'quem é quem' dos blocos afros baianos, para tocar com ele músicas clássicas. "Já gravei com Olodum, AraKetu, Cortejo Afro, Filhos de Gandhy, e ainda vou convidar o Ilê Aiyê e a Timbalada. Cada um escolhe a música e o ritmo que tenha a ver com seu som e sua batida. Depois entra a orquestra sinfônica – que ainda vou definir qual –, com o arranjo. Espero lançá-lo até o final do ano".
E, nesse pique, antes de se despedir de vez para se arrumar e entrar no palco, ele ainda convida a todos para o próximo show no Clube Fantoches, dia 19 deste mês, que será uma espécie de baile grito de Carnaval e terá, como convidados, o Olodum, os cantores Saulo Fernandes, Chico César e Jorge Vercillo, além da lendária – e quarentona – banda Armandinho, Dodô e Osmar.
Fonte: Terra
Outro projeto no prelo é o DVD Sinfonia Afro – Guitarra Baiana, para o qual Armandinho convidou um 'quem é quem' dos blocos afros baianos, para tocar com ele músicas clássicas. "Já gravei com Olodum, AraKetu, Cortejo Afro, Filhos de Gandhy, e ainda vou convidar o Ilê Aiyê e a Timbalada. Cada um escolhe a música e o ritmo que tenha a ver com seu som e sua batida. Depois entra a orquestra sinfônica – que ainda vou definir qual –, com o arranjo. Espero lançá-lo até o final do ano".
E, nesse pique, antes de se despedir de vez para se arrumar e entrar no palco, ele ainda convida a todos para o próximo show no Clube Fantoches, dia 19 deste mês, que será uma espécie de baile grito de Carnaval e terá, como convidados, o Olodum, os cantores Saulo Fernandes, Chico César e Jorge Vercillo, além da lendária – e quarentona – banda Armandinho, Dodô e Osmar.
Fonte: Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será publicado após análise.
Obrigado!