terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Filmes adaptados para o cinema destacam-se entre os lançamentos deste ano, mas nem sempre eles são inspirados em obras conhecidas



Neste ano, cerca de20 filmes norte-americanos já em cartaz ou com previsão de estreia no Brasil são adaptados de obras literárias. Na cerimônia do Oscar do próximo dia 2, quatro das nove produções indicadas na categoria de Melhor Filme são baseadas em obras literárias


Apesar de ser um recurso largamente utilizado na indústria cinematográfica, produzir longas baseados em livros nunca deixa de produzir e bons resultados, a ponto de inspirar em premiações, categorias específicas para roteiros adaptados.

Mas não são só os filmes que se valem dos escritos para turbinar o número de espectadores já que, em vários casos, inúmeros filmes ajudar a catapultar vendas de publicações adaptadas, várias delas encalhadas nas prateleiras das livrarias. Na maioria dos casos da espécie, os livros são relançados com novas capas, inspiradas em cenários, personagens e outros dados inspirados nos filmes.

Dois exemplos recentes desse esquema são "Caçadores de Obras Primas" e "O Lobo de Wall Street", lançados no Brasil respectivamente pela Rocco e a Planeta. De tão parecidas, as capas parecem até integrar uma mesma coleção, com destaque para os personagens dos filmes.

Resgatando obras até centenárias

Em 2014, porém, outro aspecto do casamento cinema-literatura chama atenção: a adaptação de livros que passaram longe do sucesso de público, ou sequer foram publicados em outros países. É o caso de "12 anos de escravidão", escrito há nada menos que 161 anos.

Publicado em 1853, trata-se do relato de Solomon Northup, negro que vivia livre no estado de Nova York ainda durante a vigência do sistema escravocrata, no século XIX. Sequestrado, Northup é vendido como escravo e trabalha 12 anos nas plantações de Louisiana até conseguir escapar.

Ao longo das décadas, o livro caiu no esquecimento; no Brasil, nunca tinha chegado às prateleiras. Até cair nas mãos do diretor do longa, Steve McQueen. Com o sucesso do filme, aclamado pela crítica e um dos favoritos ao Oscar de Melhor Filme (já em cartaz no País), a publicação ganhou o fôlego internacional que nunca teve. No Brasil, foi lançada no fim de janeiro pelas editoras Seoman e Cia. Das Letras.

Não tão extremo, mas semelhante, é o caso de "Um Conto do Destino", romance de Mark Helprin, publicado em 1983 e adaptado para o cinema 30 anos depois, sob direção de Akiva Goldsman.

Em 2006, o New York Times Book Reviews fez uma enquete para escolher os romances americanos mais importantes dos últimos 25 anos. Críticos consultados colocaram "Um conto do destino" entre os 22 títulos escolhidos. Nada, porém, que chamasse atenção do mercado editorial no País - pelo menos até a adaptação para o cinema, que levou a editora Novo Conceito a lançar o título.

Mesmo best-sellers podem se beneficiar com a adaptação para o cinema. Publicado em 2005 pelo escritor Markus Zusak, "A menina que roubava livros" já vendeu 8 milhões de cópias no mundo e dois milhões no Brasil, onde foi lançado em 2007, pela editora Intrínseca. Com a estreia do longa homônimo nas salas nacionais, no fim de janeiro deste ano, as vendas foram novamente aquecidas, somando quase 40 mil cópias ao longo daqueles mês e com boas perspectivas de vendas enquanto o filme estiver em cartaz.

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