
A cervejaria escocesa BrewDog inaugurou em São Paulo, na quarta-feira, 22, seu primeiro bar fora da Europa. É também o primeiro investimento desse gênero de uma marca estrangeira de cerveja artesanal no Brasil.
A cervejaria também é famosa por sua identidade visual
moderna e pela postura arrojada (o slogan da marca é "Cerveja para
punks"). Apesar disso, os preços da marca em São Paulo não são nada
suburbanos. O chope mais barato do cardápio custa R$ 18 e há garrafas que
chegam a R$ 450. “Pode parecer caro, mas investimos em produtos de ótima
qualidade e queremos incentivar as pessoas a apreciarem um copo de uma boa ale
em vez de ficarem bêbadas tomando um monte de cervejas ruins”, diz Neil Taylor,
representante internacional dos bares da BrewDog, que está em São Paulo para a
abertura da nova casa.
Para seu processo de catequização, a empresa conta tanto com rótulos leves, como a pilsen Fake Lager, mais voltada ao paladar tradicional, como a Electric India, que tem especiarias entre os ingredientes, ou a superpremium Abstrakt 14, cerveja de trigo envelhecida em barris de carvalho. Taylor garante que, não importa o tipo, todos são produzidos com uma diversidade de lúpulos nobres, sem aditivos ou conservantes.
Para seu processo de catequização, a empresa conta tanto com rótulos leves, como a pilsen Fake Lager, mais voltada ao paladar tradicional, como a Electric India, que tem especiarias entre os ingredientes, ou a superpremium Abstrakt 14, cerveja de trigo envelhecida em barris de carvalho. Taylor garante que, não importa o tipo, todos são produzidos com uma diversidade de lúpulos nobres, sem aditivos ou conservantes.
A Electric India nasceu, aliás, de uma iniciativa incomum – se não
inédita – entre as cervejarias artesanais: um programa de fidelidade vinculado
a uma modalidade de sociedade aberta, chamada de public limited company, que
não a obriga a ser listada em bolsa.
A BrewDog tem um sistema de crowdfunding
no qual consumidores podem comprar pequenas partes de ações da empresa e, entre
os benefícios, está a possibilidade de os acionistas auxiliarem diretamente na
criação de novos tipos de cerveja, como o rótulo com especiarias.
Expansão internacional
Além do bar no Brasil, a BrewDog administra 12 estabelecimentos semelhantes no Reino Unido e um em Estocolmo. Preparam o lançamento de unidades em Berlim, Roma e Tóquio e esperam expandir ainda mais fora da Europa. “Lugares como Hong Kong, Singapura, Bangkok, Nova Zelândia e Austrália estão no nosso horizonte”, afirma Taylor. Indo além dos rótulos da empresa escocesa, ele traz marcas como Rogue e Anderson Valley. Segundo o empresário, essas cervejarias estão de olho no projeto da BrewDog em São Paulo e não descartam investimentos parecidos no País.
A abertura da BrewDog no Brasil é mais um sinal do aquecido mercado de cerveja premium no País. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o consumo desse tipo de bebida cresce aceleradamente no mercado nacional e hoje já movimenta R$ 300 milhões por ano, o que corresponde a 5% de todo o consumo do Brasil. Globalmente, o País já é o terceiro principal mercado, atrás somente de Estados Unidos e China.
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