
O fotógrafo Cristiano Mascaro e o arquiteto Lauro Cavalcanti catalogou a época de ouro da arquitetura carioca em 18 obras e afirmam que o estado de conservação da maioria delas é bastante preocupante
Um dos frutos do trabalho pode ser conferido no livro Arquitetura Moderna Carioca – 1937-1969, em cuja edição, o fotógrafo Cristiano Mascaro sobrevoou pela primeira vez a orla de Copacabana e registrou a obra-prima concebida entre 1969/70 pelo paisagista e pintor Roberto Burle Marx, autor, ao lado de Affonso Reidy, de outra maravilha do Rio, o Parque do Flamengo, de 1961.Há pouco mais de um ano, o fotógrafo Cristiano Mascaro e o arquiteto Lauro Cavalcanti, diretor do Paço Imperial, uniram esforços para tocar um projeto do designer Victor Burton que tinha o fito de registrar em livro as 18 construções modernistas mais importantes da cidade do Rio de Janeiro, todas tombadas.
Um dos frutos do trabalho pode ser conferido no livro Arquitetura Moderna Carioca – 1937-1969, em cuja edição, o fotógrafo Cristiano Mascaro sobrevoou pela primeira vez a orla de Copacabana e registrou a obra-prima concebida entre 1969/70 pelo paisagista e pintor Roberto Burle Marx, autor, ao lado de Affonso Reidy, de outra maravilha do Rio, o Parque do Flamengo, de 1961.Há pouco mais de um ano, o fotógrafo Cristiano Mascaro e o arquiteto Lauro Cavalcanti, diretor do Paço Imperial, uniram esforços para tocar um projeto do designer Victor Burton que tinha o fito de registrar em livro as 18 construções modernistas mais importantes da cidade do Rio de Janeiro, todas tombadas.
Apaixonados pelo assunto, queriam chamar a atenção dos cariocas para as belezas arquitetônicas que os cercam e também para seu estado de conservação. No processo, comemoraram a sobrevida de alguns desses lugares, mas também se apavoraram com o abandono que vem condenando vários outros.
Com textos de Lauro Cavalcanti e fotografias de Cristiano Mascaro (ambos arquitetos por formação), o livro Arquitetura Moderna Carioca – 1937-1969, nas livrarias desde dezembro, mostra a importância da ex-capital federal como “epicentro” da criação arquitetônica brasileira na época destacada no livro. O compêndio elege como marcos iniciais os projetos da Associação Brasileira de Imprensa (1936-1938), dos irmãos Marcelo e Milton Roberto, e o Ministério da Educação e Saúde (1936-1943), o Palácio Capanema erguido a partir da concepção da equipe formada por Lucio Costa, Affonso Reidy, Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Jorge Moreira e Ernani Vasconcelos e liderada por Le Corbusier.
Segundo o designer Victor Burton, que concebeu a publicação editada pelo Instituto Cultural Sergio Fadel, Arquitetura Moderna Carioca é uma obra de divulgação para um público amplo, interessado no tema. O livro detalha e conta a história de cada um dos 18 projetos arquitetônicos eleitos – apenas um deles, o prédio da Faculdade de Arquitetura e Reitoria da UFRJ, de Jorge Moreira, não é tombado por nenhum órgão do patrimônio cultural –, por meio dos cuidadosos textos de Cavalcanti e de belas fotografias coloridas de Mascaro. “O desejo era também chamar a atenção do poder público para essas obras”, afirma Burton.
Nem tudo está perdido
O minucioso estudo apontou também que, apesar do estado de abandono de muitas construções, os croquis, plantas baixas e fotografias de edificações constantes do livro mostram obras muito bem conservadas. Na lista estão o edifício-sede do Banco Boavista, que foi projetado, no Centro, por Oscar Niemeyer em 1946 e tem uma fachada de brise-soleil que varia de cor conforme a altura e o grau de insolação; o edifício residencial Júlio Barros Barreto, construído em 1952, em Botafogo, pelos irmãos Marcelo e Milton Roberto para servir de moradia aos funcionários do extinto Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado; e a casa Walther Moreira Salles (atual Instituto Moreira Salles), na Gávea, que, idealizada por Olavo Reidig de Campos em 1948. Se foi possível manter algumas construções em ótimo estado, o que se espera é que as demais construções ganhem o mesmo destino, para que as próximas gerações possam conhecer o traço de mestres da arquitetura nacional.
Segundo o designer Victor Burton, que concebeu a publicação editada pelo Instituto Cultural Sergio Fadel, Arquitetura Moderna Carioca é uma obra de divulgação para um público amplo, interessado no tema. O livro detalha e conta a história de cada um dos 18 projetos arquitetônicos eleitos – apenas um deles, o prédio da Faculdade de Arquitetura e Reitoria da UFRJ, de Jorge Moreira, não é tombado por nenhum órgão do patrimônio cultural –, por meio dos cuidadosos textos de Cavalcanti e de belas fotografias coloridas de Mascaro. “O desejo era também chamar a atenção do poder público para essas obras”, afirma Burton.
Nem tudo está perdido
O minucioso estudo apontou também que, apesar do estado de abandono de muitas construções, os croquis, plantas baixas e fotografias de edificações constantes do livro mostram obras muito bem conservadas. Na lista estão o edifício-sede do Banco Boavista, que foi projetado, no Centro, por Oscar Niemeyer em 1946 e tem uma fachada de brise-soleil que varia de cor conforme a altura e o grau de insolação; o edifício residencial Júlio Barros Barreto, construído em 1952, em Botafogo, pelos irmãos Marcelo e Milton Roberto para servir de moradia aos funcionários do extinto Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado; e a casa Walther Moreira Salles (atual Instituto Moreira Salles), na Gávea, que, idealizada por Olavo Reidig de Campos em 1948. Se foi possível manter algumas construções em ótimo estado, o que se espera é que as demais construções ganhem o mesmo destino, para que as próximas gerações possam conhecer o traço de mestres da arquitetura nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será publicado após análise.
Obrigado!