
2,1 milhões de dólares foi quanto alcançou a obra sem título do artista plástico e escultor brasileiro Sérgio de Camargo em um leilão de arte latino-americana realizado na noite da última quarta-feira pela Sotheby's, em Nova York
A peça, um labirinto de cilindros brancos com suas extremidades apontando para diferentes direções, superou em muito as estimativas de venda entre 400 mil e 600 mil dólares, e se tornou a segunda obra latino-americana moderna e contemporânea melhor vendida de um artista brasileiro em leilão.
"Esta foi a noite da arte abstrata latino-americana. Sérgio de Camargo assumiu legitimamente seu lugar no topo dos resultados de hoje, estabelecendo um novo padrão em um leilão", disse o diretor de arte latino-americana da Sotheby's em um comunicado.
"Além disso, vimos preços fortes para outros artistas não figurativos, como Lygia Clark, Edgar Negret, Luis Tomasello, Gego, Jesus Rafael Soto, Alejandro Otero e outros, reconhecendo os colecionadores as belezas de suas criações abstratas", acrescentou o especialista.
Sérgio de Camargo (1930–1990) foi um escultor e artista plástico brasileiro de renome internacional. Estudou na Academia Altamira em Buenos Aires com Emilio Pettoruti e Lucio Fontana. Sérgio também estudou filosofia em Sorbonne em Paris. Em viagens pela Europa em 1948, teve contato com artistas como Brancusi, Arp, Henri Laurens e Georges Vantangerloo.
Trajetória do artista
Sérgio iniciou seus trabalhos com esculturas com peças remanescentes de Picasso e H. Laurens. Retornou ao Brasil em 1950, onde contribuiu para o movimento Constructivistas. Em 1953, novamente retornou para a Europa e foi para a China em 1954. Entre 1961 e 1974 Sérgio se estabeleceu em Paris, quando tornou-se membro da Groupe de Recherche d'Art Visuel.
Durante este período concentrou seus trabalhos em esculturas em madeiras, com pinturas monocromáticas, trazendo ao público as ideias de "Ordem e caos". Depois desse período, em 1967, retornou ao Brasil, onde contribuiu com Oscar Niemeyer nas fundações do prédio do ministério das Relações Exteriores em Brasilia. Sérgio faleceu no Rio em 1990. A galeria Tate Gallery em Londres possui obras de Sérgio em permanente exposição.
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