sexta-feira, 13 de setembro de 2013

“Recanto” mostra ser um trabalho especial e que relembra a parceria de Gal Costa com Caetano Veloso, firmada no final da década de 60




Lotando sempre as casas de espetáculo onde se apresenta, Gal Costa mantém o show do disco "Recanto" em cartaz há quase dois anos. Produzido e dirigido por Caetano Veloso, um dos melhores amigos da baiana, o CD foi formatado especialmente para a voz de Gal
Pouco antes do lançamento nacional do disco "Recanto", em dezembro de 2011, Gal Costa fez um show em Ilhéus (BA), o primeiro com algumas das então inéditas músicas do álbum. Quase dois anos depois, "Recanto" continua rendendo agenda lotada para a cantora, quase sempre com apresentações aguardadas.

Além de produzir, Caetano compôs todas as faixas do álbum. Não surpreende, portanto, que tenha assumido a direção do show, que já passou por várias cidades do País, desde capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Salvador até interior paulista, do Paraná e litoral da Bahia. A turnê passou ainda pela Europa, em países como Portugal, Itália, Holanda, Suíça e Israel.

Pouco antes, em março, Gal lançou o DVD "Recanto ao Vivo", gravado no Rio. O registro apresenta o formato adotado para os shows, com canções do novo disco e clássicos de sua carreira, a exemplo de "Baby", "Divino maravilhoso", "Vapor barato", "Meu bem, meu mal" e "Como um dia de domingo". É essa mistura que o público de Fortaleza deve esperar para amanhã. Gal será acompanhada dos músicos Pedro Baby (guitarra), Bruno Di Lullo (baixo) e Domenico Lancelotti (bateria).

Eletrônico

"Recanto" surgiu muito mais de uma inquietação de Caetano Veloso. Foi dele, por exemplo, a ideia de trabalhar com elementos da música eletrônica, gênero até então tímido na trajetória da cantora. A escolha levou Moreno a sugerir o nome do produtor e amigo Alexandre Kassin, dada sua proximidade com projetos em estúdio e vertentes eletrônicas. Caetano enviava as composições a Gal; Moreno e Kassin elaboravam as bases.

Assim, "Recanto" surpreende não apenas pelas experimentações eletrônicas, mas pela combinação - estranha a princípio, redonda ao final - dessas sonoridades com uma voz tão clássica na MPB como a de Gal Costa. Como diria Gonzagão: “tú não é Gal não; tú é grau 10...”. Ela não poderia receber um elogio destes de qualquer um; tinha que ser do “Nordestino do Século XX”, Luiz “Lua” Gonzaga.

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