quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Lawrence da Arábia: já disponível o blu-ray em edição comemorativa!

Lawrence da Arábia, blu-ray no cinquentenário do filme

Considerado pelos especialistas um dos mais brilhantes filmes da história cinematográfica, o laureado Lawrence da Arábia ganhou edição especial em blu-ray, totalmente restaurado

A Sony Pictures divulgou o lançamento de um dos mais importantes filmes de todos os tempos! O clássico Lawrence da Arábia será enfim lançado no disquinho azul. Mas a espera vai valer a pena. A edição de 50 anos do lançamento será lançada no dia 12 de novembro nos EUA e dia 13 na França, em uma super edição de colecionador com 4 discos. A versão francesa está confirmada com 3 Blu-rays e 1 CD com uma parte da belíssima trilha sonora do filme de 1962.
O negativo original do filme estava seriamente comprometido, por isso a demora para a o lançamento. Foi necessária uma restauração minuciosa para preservar os principais e realçar os detalhes da obra original. Ou seja, vai ser possível ver o filme como se ele tivesse sido rodado semana passada, com todos os recursos tecnológicos hoje existentes.
O pacote completo será entregue em uma bela caixa juntamente com um livro com imagens de bastidores e informações sobre o filme.
·         Secrets of Arabia: A Picture-in-Graphics Track [Blu-ray EXCLUSIVE]
·         Peter O’Toole Revisits “Lawrence of Arabia” [Blu-ray EXCLUSIVE]
·         Making of Lawrence of Arabia
·         A Conversation with Steven Speilberg
·         Maan, Jordan: The Camels Are Cast (1 of 4 Original Featurettes)
·         Advertising Campaigns
·         Original Newsreel Footage of the New York Premiere
·         Vintage Featurettes In Search of Lawrence
·         Vintage Featurettes Romance of Arabia (Newly Restored)

Outro filme que também está sendo lançado em blu-ray é o filme “Tubarão”. O trabalho de recuperação do original não foi tão difícil quanto Lawrence da Arábia, tendo em vista que “Tubarão” é do início da década de 70, mas cena e fotografia ganharam contornos que em nada lembram a obra original.

Com “Satélite”, Banda Capital Inicial tenta se reaproximar do vigor juvenil de 30 anos atrás



A banda brasiliense está com trabalho novo na praça. Trata-se do álbum “Satélite”, - nome que soa como uma homenagem à cidade de origem do grupo, - com o qual espera resgatar a energia de três décadas passadas

Dinho Ouro Preto está uma hora e meia atrasado. Provavelmente, por conta da bateria de entrevistas marcadas para aquele dia. Quando atende o telefone, entretanto, minimiza: “Que nada, foram só nove hoje”. O vocalista do Capital Inicial estava mesmo preocupado era com a semana seguinte, quando conversaria com três dezenas de jornalistas em menos de 24 horas. “Teve vezes que, ao fim do dia, fiquei rouco e perdi a voz. Para um cantor perder a voz, tem que falar pelos cotovelos”, constatou. A maratona midiática tinha um motivo nobre: a banda, formada em Brasília há 30 anos, está de disco novo.

Satélite 
só chega às lojas no começo do próximo mês, mas a versão virtual já pode ser adquirida no iTunes. Desta vez, Dinho, Yves Passarell e Fê e Flávio Lemos lançaram seus olhares para o passado. “Queria resgatar a energia e o vigor que existiam nos primeiros trabalhos do Capital”, conta o vocalista. Com isso em mente, ele e os habituais parceiros Alvin L. e Pit Passarell construíram as novas canções, e recorreram a referências da juventude, de Stanley Kubrick a Lewis Carroll, para criarem as faixas. “Éramos muito mais sérios quando adolescentes do que somos agora”, repara Dinho.

Há planos de levar “Satélite” para uma turnê de abrangência nacional, mas o foco inicial é o resgate dos melhores momentos vividos pele grupo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

“Abraçaço”, novo disco de Caetano Veloso tem faixa divulgada na internet

Capa do novo disco de Caetano Veloso


O próximo álbum de Caetano Veloso terá o nome de 'Abraçaço'. A notícia foi postada ontem através da conta oficial do músico no Twitter. O disco deverá estar à venda ainda este ano.
"Meu disco vai se chamar 'Abraçaço. Uso essa palavras às vezes para finalizar emails. Acho graça. É como golaço, jogaço, filmaço", anunciou Caetano Veloso. E continua nos Twits seguintes: "Ouço as pessoas dizerem também cansadaço, feiaço, tardaço. Achei golaço no Houaiss, mas não 'aço' como sufixo aumentativo. Abraçaço é o mais lindo porque há a repetição do cê-cedilha. Parece um eco, um reverb verbivocovisual. E sugere não só um abraço grande mas também um abraço espalhado, abrangente, múltiplo."
Tudo isso, acrescenta o músico brasileiro, tem a ver com o disco. "E tem uma canção que contém a palavra (foi o que me decidiu)", revelou.
'Abraçaço' será o 49º álbum da carreira de Caetano Veloso e é o terceiro gravado coma banda Cê, depois de 'Cê' (2006) e 'Zii e Zie' (2009). O lançamento, ainda este ano, é da responsabilidade da Universal Music.

A canção que dá nome ao novo trabalho de inéditas do músico baiano, foi divulgada para audição na internet. O trabalho com 11 faixas conta com a produção de seu filho, Moreno Veloso e do guitarrista, Pedro Sá. O álbum é o 57º da carreira de Caetano Veloso. A capa do disco foi divulgada na última semana, e mostra Caetano apalpado no rosto pelos membros de sua própria banda.

Cidade natal de Luiz Gonzaga celebra, em grande estilo, os 100 anos do seu filho mais ilustre

Palco de festas do Parque Aza Branca


Durante todo este ano, o Brasil tem rendido diversas homenagens ao centenário de Luiz Gonzaga. O ponto culminante acontece de 10 a 16 de dezembro, em Exu (PE), cidade natal do Rei do Baião

Todos os artistas convidados têm a ver com o forró e com a obra de Gonzagão. Entre as principais atrações musicais, anunciadas ontem,  estão Dominguinhos, Gilberto Gil, Alceu Valença, Targino Gondim, Fagner, Genaro, Elba Ramalho, Jorge de Altinho, Azulão, entre muitos outros.  Uma das atrações mais esperadas é Chambinho do Acordeon, que interpretou Luiz Gonzaga no filme "Gonzaga - de pai para filho", em cartaz nos cinemas de todo o Brasil. Veja a programação completa abaixo:

EXU

PALCO GONZAGÃO
Módulo Esportivo - A partir das 21h

Quarta-feira, 12/12 (Abertura às 19h30)
- Orquestra Sinfônica de Teresina com João Cláudio
- Danilo Pernambucano
- Zé Nilton
- Chambinho do Acordeon
- Santanna

Quinta-feira, 13/12
- Daniel Gonzaga
- Dominguinhos
- Gilberto Gil
- Joquinha Gonzaga

Sexta-feira, 14/12
- Joãozinho de Exu
- Amazan
- Elba Ramalho
- Waldonys

Sábado, 15/12
- Sanfona de Januário
Genaro, Beto Hortis, Agostinho do Acordeon, Camarão, Cezzinha e Dudu do Acordeon
- Xote das Meninas
Cristina Amaral, Edilza Aires, Irah Caldeira, Liv Moraes, Nádia Maia, Patrícia Cruz, Terezinha do Acordeon e Walkiria Mendes
- Novinho da Paraíba
- Jorge de Altinho

PALCO AZA BRANCA
Parque Aza Branca - A partir das 20h

Quinta-feira, 13/12
- Taís Nogueira e João Silva (com participação especial de Dominguinhos)
- Josildo Sá
- Alcymar Monteiro
- Adelmário Coelho

Sexta-feira, 14/12
- Luizinho Calixto, Zé Calixto e Truvinca
- Trio Nordestino
- Quinteto Violado
- Flávio Leandro

Sábado, 15/12
- Bia Marinho / Em Canto e Poesia
- Maria Lafaete (Com participação de Sérgio Gonzaga)
- Projeto Meu Araripe
Os Gonzaguinhas, Fua Carvalho, Zezinho de Exu, Forrozeiros do Gonzagão, Ana Paula, Maurício Jorge, Leonardo Luna, Edgar do Cedro, Baião Mais Eu, Sarah Leandro, Sotaque Nordestino
- Maciel Melo
Maciel Melo: o autor de "Caboclo sonhador" é uma das atrações de Exu

PALCO JUAZEIRO
Parque Aza Branca

Domingo, 16/12 (A partir das 15h)
- João do Pife e Banda Dois Irmãos
- Ivan Ferraz
- Bel Lima
- Jaiminho de Exu
- Claudiana
- Toinho do Baião
- Dijesus

PALCO ARARIPE
Fazenda Araripe

Quinta-feira, 13/12 (A partir das 9h)
- Seguidores do Rei
- Os Cabas de Gonzaga
- Chá Cutuba
- Vital Barbosa
- Epitácio Pessoa
- Donizete Batista
- Leninho de Bodocó
- Tárcio Carvalho
- Coral de Aboios de Serrita
- Flávio Baião
- Antônio da Mutuca
- Os Três do Cariri


AUDIOVISUAL

II Cine Exu – Mostra Sertões do Estado de Pernambuco
Dias 12 e 13/12
Fazenda Velho Lua e Praça de Eventos de Exu

Mostra Itinerante Cinema na Estrada
De 12 a 15/12 – Exu e Bodocó
- Boi Ventania (Ficção, 14 minutos, PE, 2010), de Marcos Carvalho, Ednéia Campos e Herbert Santos
- Até o Sol Raiá (Animação, 12 minutos, 2008), de Fernando Jorge e Leandro Amorim
- Zé Monteiro – O Homem que venceu as 5 mortes (Documentário, 20 minutos, 2012, PE), de Wilson Freire
- Dia Estrelado (Animação, 17 minutos, 2011), de Nara Normande
- Exu de Gonzaga, (Documentário, 20 minutos, 2012, PE), de Guida Gomes

DANÇA

Quarta-feira, 12/12
Xaxado, Meu Bem Xaxado – O Centenário de Luiz Gonzaga
Grupo de Xaxado Cabras de Lampião (Serra Talhada-PE)
Com exibição do documentário “Luiz Gonzaga – A Luz dos Sertões”

CULTURA LIVRE NAS FEIRAS

Terça-feira, 11/12
8h - Apresentações na Feira Livre de Timorante
Ivonete Ferreira, Forrozeiro Léo Barros, Hellen e Mistura Nordestina

Quarta-feira, 12/12
8h - Apresentações na Feira Livre de Granito
Poetisa Socorro Oliveira, Grupo Pisando no Terreiro (dança), Encontro de Aboiadores (Pedro Brígido e Antônio), Forró Raízes do Brígida

Sábado, 15/12
Apresentações na Feira Livre de Exu
7h - Roda de Contos e Prosa com Amigos do Araripe
8h - Saída em Caravana no Pau de Arara com os sanfoneiros de Exu (William Sanfoneiro, Jonnes, Serginho Gomes, Boiadeiro Franco, Ed Carlos do Exu, Clebson, Mauro Sanfoneiro, Dijesus, Epitácio Pessoa, Vital Barbosa, Elmo Oliveira e Januário)
9h - Causos contados por amigos exuenses de Luiz Gonzaga
10h - Cortejo com a Banda Cabaçal Exuense, Grupo de Flautista Sabiás e a chegada no Pau de Arara com os Sanfoneiros de Exu
11h – Forró de encerramento com Joãozinho de Exu e convidados


FEIRAS CULTURAIS

Sábado e domingo, 15 e 16/12
Culminância do projeto Feiras Culturais nas Escolas Públicas, com participação de grupos artísticos estudantis de Araripina, Exu, Granito, Ouricuri e Trindade.


Euriques Carneiro

terça-feira, 27 de novembro de 2012

"Good Morning to the Night", o novo trabalho de Elton John o deixa empolgado e abre possibilidades de uma turnê mais ampla

Elton John: aplaudido na China, mas o governo
 Chinês não gostou da homenagem

Elton John está empolgado com o show, "Good Morning to the Night", que é uma parceria com o duo australiano do Pnau, grupo que reinterpretou músicas do astro no projeto

Falando sobre a idealização do disco, o cantor revelou em recente entrevista: "Entrei em contato e lhes disse que eles deveriam sair da Austrália, o que fizeram um tempo depois. Como todas as coisas, tratou-se de esperar pela combinação certa de circunstâncias. Houve várias tentativas de remixar a minha música no passado, mas eu nunca fiquei tão animado com o produto final quanto fiquei com estas faixas com o Pnau.

"Não lhes demos nenhum tipo de prazo neste projeto, mas este verão parece ser um ótimo momento para lançar o álbum", disse John. Recentemente, o cantor de "Candle In The Wind" e o Pnau tocaram no festival 123 Rocktronic na ilha espanhola de Ibiza.

Divulgando o novo trabalho, o cantor e compositor britânico dedicou um concerto em Pequim ao artista Ai Weiwei, grande crítico do regime político chinês. "Encontrei com ele antes do espetáculo, e ele não me disse nada", declarou Ai nesta segunda-feira (26/11), após o show para 12.000 pessoas no dia anterior no estádio de Wukesong, construído para os Jogos Olímpicos de 2008.
Elton John e o homenageado, Ai Weiwei


"Foi uma grande surpresa", disse o artista de 55 anos, detido secretamente durante quase três meses no ano passado. O público não reagiu ao gesto do cantor inglês mas adorou "cada minuto" do espetáculo, disse um espectador.

O governo chinês não vê com bons olhos a cultura pop e o rock ocidental e obriga regularmente os artistas que se apresentam na China a entregar com antecedência uma lista com as músicas que serão tocadas. Elton John deve se apresentar em Cantão, no sul da China, na próxima semana, após uma série de concertos na Coreia do Sul, Malásia e Hong Kong.

Os planos do artista para 2013, incluem um turnê pela Europa e Estados Unidos. Quando indagado sobre se apresentar em outros países, ele deixou a possibilidade em aberto: “Depende da agenda, da disponibilidades e dos convites”.

Mais uma lenda da música que teve a vida interrompida precocemente, Jimi Hendrix completaria 70 anos nesta terça

Hendrix: gênio da guitarra e morte com apenas 27 anos=====

===            Todo guitarrista, querendo ou não, tem um pouco de Jimi Hendrix. Seja nas caretas, no jeito de pressionar os pedais ou na hora de se ajoelhar durante um emocionante solo, James Marshall Hendrix, conhecido como Jimi Hendrix, semeou em todos os guitarristas um pouco do seu estilo inventivo

Nascido em Seattle, em 27 de novembro de 1942, Jimi Hendrix completaria 70 anos de idade nesta terça-feira se estivesse vivo. Jimi morreu no dia 18 de setembro de 1970, aos 27 anos, em Londres. Embora as circunstâncias tenham sido plenamente esclarecidas, é sabido que o guitarrista morreu asfixiado em seu próprio vômito após ingerir uma grande quantidade de vinho e remédios para dormir.

Jimi Hendrix teve sua infância profundamente afetada por problemas familiares que culminaram no divórcio de seus pais, em 1951. Seu primeiro contato com um instrumento de cordas veio em 1958, quando ganhou um ukulele no mesmo ano da morte de sua mãe, fato que o abateu bastante. Seu primeiro violão veio pouco tempo dois. Mais velho, Hendrix se alistou no exército como paraquedista no Tennessee. Após uma fratura no tornozelo recebeu dispensa médica.

Seguindo sua grande paixão pela música, o guitarrista tocou com diversas bandas locais até entrar definitivamente no mercado, em 1965. Uma das suas primeiras bandas foi Jimmy James and the Blue Flames, que tocava frequentemente em um café em Nova York. E foi lá que Hendrix foi descoberto por Chas Chandler, baixista da banda britânica The Animals, que o levou até a Inglaterra para conhecer mais pessoas do meio musical e finalmente montar o The Jimi Hendrix Experience ao lado do baixista Noel Redding e do baterista Mitch Mitchell.

Suas primeiras apresentações em Londres logo colocaram a cena musical de pernas para o ar. Guitarristas célebres locais, como Eric Clapton, Jeff Beck e Pete Townsend falavam sobre o "forasteiro" de técnica invejável. Em 1967 foi lançado o álbum Are You Experienced?. Foxy LadyManic DepressionRed HouseFirePurple HazeHey Joe e outras músicas viraram referências instantâneas para os novos grupos britânicos e invadiram as rádios. No mesmo ano lançaram Axis: Bold as Love, que geralmente fica na "sombra" de seus outros álbuns, mas possui destaques como a bela Little Wing e If 6 Was 9.

No ano seguinte, a rotina de shows pela Europa em combinação com brigas com Noel Redding e abuso de drogas e álcool fizeram com que o trio começasse a desabar. Hendrix chegou a ser preso pela polícia de Estocolmo, na Suécia, após um ataque de fúria que desencadeou na destruição completa de um quarto de hotel. Em 1968 saiu Electric Ladyland, um álbum duplo, com mais experimentalismos e peças como Voodoo Child e uma versão para All Alogn the Watchtower, de Bob Dylan.

O perfeccionismo de Hendrix no estúdio - há quem diga que a música Gypsy Eyes teve 43 tomadas - e seu temperamento explosivo influenciado pelas drogas, abalou sua relação com Chas Chandler, que pediu demissão e vendeu sua parte para Michael Jeffery. Embora não haja provas, biógrafos apontam que a influência de Jeffery tenha sido ruim para o guitarrista e que ele tenha desviado grandes quantias de dinheiro do guitarrista para contas no exterior.

Em agosto, o guitarrista montou uma banda, a Gypsy Suns and Rainbows, para fazer parte do festival de Woodstock. O grupo ficou formado com Jimi Hendrix na guitarra, Billy Cox no baixo, Mitch Mitchel na bateria, Larry Lee na guitarra de apoio e Jerry Velez e Juma Sultan na bateria e percussão. O show, que se tornou um dos mais famosos de sua história, mostra Hendrix visivelmente alterado, mas extremamente inspirado ao tocar uma versão instrumental de The Star Spangled Banner, o hino nacional dos Estados Unidos. Sua versão distorcida do hino se tornou uma declaração pela inquietude e insatisfação da juventude contra a sociedade norte-americana. O Gypsy Suns teve vida curta, e Jimi logo formou o trio Band of Gypsys, Billy Cox no baixo e Buddy Miles na bateria. Em 1970 veio o lendário show do festival de Isle of Wight, onde tocou com Mitchell e Cox.

Morte

Jimi Hendrix morreu em 18 de setembro de 1970. O guitarrista passou parte da noite anterior em uma festa com a namorada Monika Dannemann. Depois disso, ambos foram ao hotel Sammarkand, em Notting Hill. Em seu depoimento, a namorada do guitarrista disse que ele havia tomado nove comprimidos para dormir. Hendrix se asfixiou em seu próprio vômito após ingerir uma grande quantidade de vinho, concomitantemente à ingestão dos comprimidos.

As dezenas de versões sobre a morte do guitarrista ganham novas versões ao longo dos anos. James "Tappy" Wright, autor do livro Rock Roadie, chega a apontar que Hendrix teria sido assassinado. Ele escreve que um grupo teria invadido o quarto a pedido do empresário Michael Jeffery e forçado o músico a tomar aquela grande quantidade de álcool e as pílulas. O empresário teria ainda uma apólice de seguro em nome do guitarrista no valor de US$ 2 milhões. Jeffery morreu em 1973 vítima de um acidente de avião.

Polêmicas à parte, o gênio da guitarra faz parte do grupo de artistas que sucumbiram de forma trágica e precoce, vitimados por álcool, psicotrópicos e drogas diversas, como Elvis Preslet, Janis Joplin e, mais recentemente, Michael Jackson.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Biblioteca Pública de Nova York guardava páginas inéditas escritas por Truman Capote


Polêmico, turrão e com um punhado de desafetos, pode-se utilizar uma expressão para definir o espírito do escritor: “Eu sou único. Nunca houve alguém como eu, nem haverá. Até Deus sabe disso”

Truman Capote morreu em Los Angeles, aos 59 anos, de complicações causadas por um câncer no fígado, alguns dias depois de proferir essas palavras. A recém-descoberta, da revista americana Vanity Fair, de um capítulo inédito escrito pelo autor, traz Capote de volta à vida, justamente à custa do texto que o matou. O capítulo Iates e coisas, encontrado entre documentos empoeirados e negligenciados da Biblioteca Pública de Nova York, integra o romance inacabado Preces atendidas, inicialmente publicado pela revista Esquire, em 1975. 

Na época, Capote acreditou que seria esse seu maior trunfo literário. Depois do impacto gerado por A sangue frio (1965), a obra fundamental, o autor buscava um novo marco, ainda maior que o registro anterior. Preces atendidas apareceu como uma ingrata bordoada na alta sociedade americana. Capote, frequentador assíduo dos opulentos eventos nova-iorquinos e amigo íntimo de personalidades públicas como Jackeline Onassis e Marilyn Monroe, dilacerou a classe socialite da cidade, por meio de analogias e metáforas facilmente deduzíeis. 

Os nomes foram alterados, mas todo o resto estava lá: as festas, os encontros, a frivolidade. Os detalhes sórdidos não poupados revelaram protagonistas, pertencentes a mais abastada fatia de moradores de Nova York, alienados e dependentes do próprio ego, participantes de orgias movidas a vaidade e soberba. Decadentes na moralidade e no estilo de vida. Antes de qualquer crítica sobre o mérito literário do texto, Capote estava abandonado. Viraram-lhe as costas. Acabou escrevendo o próprio prenúncio da morte. 

O filme do diretor Benett Miller consta como referência para aqueles que anseiam melhores informações sobre o polêmico autor americano. A fita foca no período no qual Capote dedicou à escrita de A sangue frio e revelam os bastidores dos incontáveis encontros entre ele e os personagens envolvidos com os assassinatos, sobre os quais a obra versa. Desvenda ainda a doentia obsessão por Perry Smith, um dos assassinos, cuja jornada se assemelhava a sua própria, além de dar voz a Jack Dunphy, companheiro de Capote por mais de 20 anos. O filme rendeu ao ator Philip Seymour Hoffman os principais prêmios do ano, como o Oscar e o Bafta, graças à personificação impecável do escritor.

Referencia: CB

Cantora Mart'nália arrebata o público com o show extraído do CD "Não tente compreender"

Mart'nália e Martinho de Vila: talento de pai para filha

 Filha e herdeira da malemolência de Martinho da Vila, Mart'nália conquista a crítica em seu terceiro disco e diz que prefere ir à praia e tomar cerveja com os amigos a crescer na carreira a qualquer preço

Do alto da sabedoria adquirida em mais de meio século de carreira, Martinho da Vila cansou de chamar a atenção de Mart’nália: “Garota, você não pode subir no palco com a roupa que anda na rua. O público merece ver o artista bonito”. A filha, dona da mesma alma malandra de quem nasceu em Vila Isabel, dava de ombros. Mal estava a fim de cantar, muitas vezes nem ensaiava, por que se preocuparia com figurino? “Meu pai já me mandou para casa porque cheguei a um show de chinelos. Agora, ando até com umas roupinhas bacanas, mas não caio em proposta indecente. Preciso ganhar dinheiro do meu jeito”, avisa a cantora, compositora e instrumentista carioca, 37 anos e já com uma boa quilometragem de palco.


Considerada um dos nomes mais destacados da nova geração do samba, Mart’nália quer fugir de rótulos e tem buscado se expressar artisticamente de outras formas. Carismática, arrisca-se em alguns momentos a trocar a cuíca pela guitarra e encara sem problemas o desafio de trafegar pela seara do pop rock em Não tente compreender, CD produzido por Djavan, lançado em abril.

A cantora fez mais: aceitou o convite de Miguel Falabella e vai tirar onda de atriz, dando vida a Cristiane, namorada de Odete, personagem de Luma Costa no sitcom Pé na cova, que será exibido pela TV Globo em janeiro. “Estou me divertindo com o Miguel e com as situações que surgem durante as gravações”, diz Mart’nália, aos risos. A produção não tem nada de mais, - nem de menos, - mas a performance da cantora agrada por demais.

domingo, 25 de novembro de 2012

Com o espetáculo 'Corteo', o Cirque du Soleil chega ao Brasil em março de 2013


A magia das apresentações do Cirque du Soleil costumam embevecer os espectadores com técnica única e qualidade bem acima da média. Em março de 2013 a companhia canadense volta ao Brasil com “Corteo”


Quem assiste a Corteo, não esquece jamais, pois nele há coração e magia. Esta é a definição do palhaço Mauro, protagonista da obra, sobre o espetáculo do Cirque du Soleil que estreia 30 de março em uma tenda armada no Parque Villa Lobos, em São Paulo.

"Corteo é o mais grandioso espetáculo montado pelo Cirque. É poético, teatral, tem palco com visão de 360 graus e uma técnica impecável em todos os números. Os brasileiros vão se emocionar e passarão a sonhar mais após assisti-lo", disse Stephanie Mayorkis, diretora da divisão de Family Entertainment da Time For Fun, responsável pela vinda da obra ao País.
Corteo (cortejo, em português) retrata o fictício funeral do palhaço Mauro, que projeta a ocasião de acordo com seus próprios sonhos e transforma a despedida em uma alegre procissão observada por anjos. O espetáculo mostra a fragilidade do personagem, evidenciando sua sabedoria e ternura através de um repertório lírico e cômico, num ambiente desconhecido, localizado entre o céu e a Terra. "É uma história maravilhosa, pois o funeral é uma situação magnífica, celebrada com grande festa em alguns países. É o ambiente em que parentes se reencontram e celebram a vida. Falar de saudades é festejar o presente. A saudade nos permite olhar para o futuro", explicou Daniele Finzi Pasca, criador do espetáculo.


O cenário, projetado por Jean Rabasse, conta com um palco de 360º - usado pela primeira vez em um espetáculo do Cirque du Soleil -, duas plataformas giratórias. "Pensamos em uma forma diferente para transmitir a emoção do espetáculo ao público, que consegue ver todos os detalhes com esta montagem. A intenção era mudar a visão que temos do circo sem acabar com a tradição de cada número. Corteo é um espetáculo montado para desfilar diante dos espectadores", explicou Daniele. "Não há um cenário, é um corredor por onde os objetos e personagens desfilam. É como no mundo dos sonhos, onde as coisas não entram e saem de forma linear, elas se sobrepõe."

Pela primeira vez na América Latina, Corteo permanecerá em solo brasileiro até o primeiro semestre de 2014 e passará por seis capitais: São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e Porto Alegre - o Nordeste não entrou no roteiro. "Nossa decisão se deu por motivos de custos logísticos. Houve um aumento do dólar muito significativo desde a última turnê e inviabilizou a viagem ao Nordeste. No entanto, faremos 50 apresentações a mais e a tenda atual possui 200 lugares extras. Nossa meta é ter um milhão de espectadores", disse Stephanie. Vale lembrar que em 2012, o Cirque du Soleil passou pelo Nordeste com espetáculos em Recife e Salvador.


Com “História de Contar o Brasil”, o contador de causos Rolando Boldrin, mergulha no universo dos livros


 
"O causo é diferente da piada", diz Boldrin, com o característico sotaque caipira. "Causo é uma história de um fato acontecido, um incidente, cujo desfecho é engraçado. Na minha terra, se diz que o contador de causo é um caboclo gozador"

No recém-lançado História de Contar o Brasil - Um Carroção de Causos de Rolando Boldrin (Nova Alexandria, 188 páginas, R$ 42), há dezenas dessas pequenas e engraçadas narrativas. Muitas gozam - para usar a expressão do próprio Boldrin - de gente como ele: os que vêm do interior para enfrentar a cidade grande.

Boldrin nasceu em outubro de 1936, na pequena São Joaquim da Barra, interior paulista, sétimo filho de um mecânico e de uma dona de casa. Foi criado com 11 irmãos. Na adolescência, formou dupla caipira com um dos irmãos, Leili. Eram Boy e Formiga. "Ou Forrrrrrrmiga, como se diz no interior", explica ele, que era o Boy.

"Nunca estudei nada. Fiz só até o 3.º ano do primário." Aos 16 anos, cismou de mudar para São Paulo. "Era aquela aventura de garoto. Eu e mais dois amigos viemos de trem. Só tinha o dinheiro da passagem. Dormi as primeiras noites na rua, aos pés de uma estátua do Ramos de Azevedo que ficava na Avenida Tiradentes. Imagina a loucura: um capiau que nem eu em São Paulo. Minha cidade não tinha semáforo, poluição, não tinha nada disso."
Espetáculo teatral Contando Causos

Já tinha 20 anos quando começou a fazer testes em rádios para trabalhar como radioator. Foi parar na TV Tupi. "Fazia figuração. Com e sem fala. Preferia com fala, porque pagavam o dobro. Arrumei um quartinho no Sumaré, pertinho da emissora. E ficava lá o dia inteiro", diz. "Foi um aprendizado. Fiz grandes amigos." Cita como parceiros dessa fase o dramaturgo Plínio Marcos (1935-1999) e o novelista Walter Negrão. "No almoço, a gente chegava a dividir um ovo, por falta de dinheiro. Tanto que, quando assinei meu primeiro contrato na Tupi, engordei 10 quilos em uma semana."

Mas ele também havia tido uma grande experiência como ator de teleteatros da Tupi, entre o fim da década de 1950 e o começo da de 1960, ao lado de nomes como Lima Duarte, Laura Cardoso, Dionísio Azevedo e outros. O livro A TV antes do VT mostra várias passagens do ator na emissora, com fotos de gravações de programas da Tupi antes do videoteipe, em 1959 e 1960.

A carreira começou a deslanchar. Entre 1960 e 1980, participou de novelas da Tupi, Record e Bandeirantes. Em 1974, gravou seu primeiro disco solo, O Cantadô. "Foi uma fase de boemia. Morava em Pinheiros, adorava beber, bater papo, chegar tarde em casa", diz.
Abertura do programa de Boldrin, na TV Globo


Nos anos 1980, começou seu grande projeto de vida: divulgar ritmos brasileiros. Em 1981, estreou na Globo Som Brasil. Entre shows de grupos de música regional, roubava a cena com seus causos. Ao sair da Globo, Boldrin montou programa com o mesmo formato na Bandeirantes e, após experiências em outras emissoras, fincou raízes na TV Educativa, com o ótimo, Sr. Brasil.

Vinte anos atrás, decidiu "acalmar a vida". "Diminuí 90% a bebida - hoje só tomo de vez em quando um bom vinho e uma cachacinha. E mudei para a Granja Viana (em Cotia) para ter mais sossego."

Vive com a segunda mulher, Patrícia Maia, cenógrafa e produtora do Sr. Brasil desde a estreia, há 7 anos. "Ele é tímido com desconhecidos. Mas, entre amigos e família, junta rapidinho uma roda, porque sempre conta causos." Do primeiro casamento, com a cantora Lurdinha Pereira, tem dois filhos: Vera, de 55 anos, e Marcus, de 38.

Homenagem. Em 2010, foi homenageado pela escola Pérola Negra com o enredo Vamos Tirar o Brasil da Gaveta, exaltando seu papel no resgate das culturas regionais. "Essa é a vida dele. Ele passa a maior parte do tempo ouvindo discos de todo canto do País", conta Patrícia. "Meu hobby é meu trabalho", confirma Boldrin. De outro mestre da cultura brasileira, o humorista Chico Anysio, ganhou um rasgado elogio: "O Brasil do interior tem um imperador que se chama Rolando Boldrin".

Referência: estadao